terça-feira, 29 de março de 2016

VENERAÇÃO DA IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO NA FESTA DA MISERICÓRDIA

A IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO ESTÁ INTIMAMENTE RELACIONADA À FESTA DA MISERICÓRDIA. TANTO É QUE NA PRIMEIRA APARIÇÃO DE JESUS A SANTA FAUSTINA - A 22 DE FEVEREIRO DE 1931 - QUANDO ELE LHE PEDE QUE MANDE PINTAR A IMAGEM DA MISERICÓRDIA, JÁ FALA DA FESTA DA MISERICÓRDIA E PEDE QUE NESSE DIA SEJA EXPOSTA A IMAGEM DA MISERICÓRDIA PARA A VENERAÇÃO DOS FIÉIS. ENTÃO PARA QUE HAJA FESTA DA MISERICÓRDIA CONFORME O PEDIDO DE JESUS A SANTA FAUSTINA DEVE HAVER A VENERAÇÃO DA IMAGEM DE JESUS MISERICORDIOSO: EU DESEJO QUE HAJA A FESTA DA MISERICÓRDIA. QUERO QUE ESSA IMAGEM, QUE PINTARÁS COM O PINCEL, SEJA ABENÇOADA SOLEMENTE NO PRIMEIRO DOMINGO DEPOIS DA PÁSCOA, E ESSE DOMINGO DEVE SER A FESTA DA MISERICÓRDIA. (D. 49)

segunda-feira, 28 de março de 2016

TESTEMUNHO Ex-pastor luterano: “por que estou me tornando católico…”

Durante trinta anos eu trabalhei como pastor luterano em função ministerial. E depois, por mais quatro anos, fui reitor do distrito da American Lutheran Church North. Agora, estou prestes a me tornar católico, juntamente com minha esposa; eu pela primeira vez, e ela pela segunda. Você pode culpá-la por minha conversão (embora eu pense nisso como uma transição natural, como você verá). Ela foi criada católica e tornou-se luterana. Seu pai foi criado luterano e tornou-se católico. A vida é estranha às vezes. Seu pai morreu há dois anos, e em vias de acompanhar aquele bom homem em sua batalha final contra a esclerose lateral amiotrófica, ela sentiu um puxão de volta à sua fé de infância. Para minha surpresa – a dela também, eu acho – eu disse para irmos juntos. Na verdade, não era uma surpresa para mim. Desde o seminário, quando me envolvi nos documentos confessionais Luteranos do século XVI, fui me tornando progressivamente mais católico em meu pensamento. O que buscava na minha fé era uma densidade eclesial. Mas não é somente pela decepção como luterano que estou me tornando católico. Há uma convicção por trás disso. 1) Alguns dos meus trabalhos no seminário, por volta do final de 1970, foram feitos no Pontifício Colégio Josephinum em Ohio. Eu tive aulas de Sacramentologia e Estudos Marianos, ministrados por dois jesuítas da velha escola. Encontrei-me em uma sala de aula, um luterano solitário, cercado por uma horda de seminaristas salesianos. Foi emocionante. O que me impressionou foi o quão perto luteranos e católicos realmente estão em doutrinas básicas e nas respectivas formulações teológicas. Nós – romanos e luteranos – fazemos teologia da mesma forma, e, possivelmente, de uma maneira que ninguém mais faz. Prestamos muita atenção às nossas palavras. Cada palavra é pesada e comparada com palavras alternativas que possam ser usadas, mas apresentam menos precisão. Precisão na formulação, ao que parece, vai nos manter fora do inferno teológico, e se as palavras exatas não são exatamente palavras adequadas, bem, não duvido, todos nós estamos certamente condenados. Quando você pensa sobre isso, é realmente uma abordagem muito charmosa. Isso também significa que, quando luteranos e católicos sentam juntos, eles têm uma linguagem comum e falando isso juntos muitas vezes resulta em coisas surpreendentes, como em 1999, com a doutrina da justificação. No nível paroquial, não há confluência na forma como católicos e luteranos são. É aquela coisa da densidade eclesial que mencionei: os católicos têm, luteranos não. 2) Quando minha esposa disse que estava pensando em voltar para a Igreja Católica, eu comecei a pensar quão luterano eu ainda permanecia. Eu tinha a influência do Pe. Richard John Neuhaus. Eu era o seu sucessor na Forum Letter, uma publicação Luterana que ele editou por 16 anos. Em seus anos como padre católico, ele costumava me cutucar, volte para casa. A última correspondência que trocamos foi sobre o assunto. Após sua morte, fiquei várias noites sonhando que ele me perguntava por que eu não tinha feito isso. Esse senhor teve um profundo impacto em minha vida pastoral como luterano. Quanto mais eu pensava sobre as coisas mais eu percebia que a maioria dos clérigos luteranos que eu mais admirava, um por um, partira para Roma. Parecia que eu conhecia muitos padres como pastores, e depois de um tempo, não poucos desses pastores se tornaram padres. Lá estava eu ​​na margem, dando adeus. Por um curto período após a morte de Neuhaus eu ajudei a editar a revista que ele fundou, First Things. Embora não explicitamente católica, é geralmente considerada dessa forma. Durante os últimos seis anos, está chegando no sétimo, eu tenho sido um colunista regular no website; eu era um escritor luterano; agora eu sou um escritor católico.

O Papa pede para não cair na terrível armadilha de ser cristãos sem esperança

«Pedro (…) correu ao sepulcro» (Lc 24, 12). Quais poderiam ser os pensamentos que agitavam a mente e o coração de Pedro durante esta corrida? O Evangelho diz-nos que os Onze, incluindo Pedro, não acreditaram no testemunho das mulheres, no seu anúncio pascal. Antes, aquelas «palavras pareceram-lhes um desvario» (v. 11). Por isso, no coração de Pedro, reinava a dúvida, acompanhada por muitos pensamentos negativos: a tristeza pela morte do Mestre amado e a deceção por tê-Lo renegado três vezes durante a Paixão. Mas há um detalhe que assinala a sua transformação: depois que ouvira as mulheres sem ter acreditado nelas, Pedro «pôs-se a caminho» (v. 12). Não ficou sentado a pensar, não ficou fechado em casa como os outros. Não se deixou enredar pela atmosfera pesada daqueles dias, nem aliciar pelas suas dúvidas; não se deixou absorver pelos remorsos, o medo e as maledicências sem fim que não levam a nada. Procurou Jesus; não a si mesmo. Preferiu a via do encontro e da confiança e, assim como era, pôs-se a caminho e correu ao sepulcro, donde voltou depois «admirado» (v. 12). Isto foi o início da «ressurreição» de Pedro, a ressurreição do seu coração. Sem ceder à tristeza nem à escuridão, deu espaço à voz da esperança: deixou que a luz de Deus entrasse no seu coração, sem a sufocar. As próprias mulheres, que saíram de manhã cedo para fazer uma obra de misericórdia, ou seja, levar os perfumes ao sepulcro, viveram a mesma experiência. Estavam «amedrontadas e voltaram o rosto para o chão», mas sobressaltaram-se ao ouvir estas palavras do anjo: «Porque buscais entre os mortos Aquele que está vivo?» (cf. v. 5). Também nós, como Pedro e as mulheres, não podemos encontrar a vida, permanecendo tristes e sem esperança e permanecendo aprisionados em nós mesmos. Mas abramos ao Senhor os nossos sepulcros selados – cada um de nós os conhece -, para que Jesus entre e dê vida; levemos-Lhe as pedras dos ressentimentos e os penedos do passado, as rochas pesadas das fraquezas e das quedas. Ele deseja vir e tomar-nos pela mão, para nos tirar para fora da angústia. Mas a primeira pedra a fazer rolar para o lado nesta noite é esta: a falta de esperança, que nos fecha em nós mesmos. O Senhor nos livre desta terrível armadilha: sermos cristãos sem esperança, que vivem como se o Senhor não tivesse ressuscitado e o centro da vida fossem os nossos problemas. Vemos e continuaremos a ver problemas perto e dentro de nós. Sempre existirão, mas esta noite é preciso iluminar tais problemas com a luz do Ressuscitado, de certo modo «evangelizá-los». Evangelizar os problemas. Não permitamos que a escuridão e os medos atraiam o olhar da alma e se apoderem do coração, mas escutemos a palavra do Anjo: o Senhor «não está aqui; ressuscitou!» (v. 6); Ele é a nossa maior alegria, está sempre ao nosso lado e nunca nos dececionará. Este é o fundamento da esperança, que não é mero otimismo, nem uma atitude psicológica ou um bom convite a ter coragem. A esperança cristã é um dom que Deus nos concede, se sairmos de nós mesmos e nos abrirmos a Ele Esta esperança não dececiona porque o Espírito Santo foi infundido nos nossos corações (cf. Rm 5, 5). O Consolador não faz com que tudo apareça bonito, não elimina o mal com a varinha mágica, mas infunde a verdadeira força da vida, que não é a ausência de problemas, mas a certeza de sermos sempre amados e perdoados por Cristo, que por nós venceu o pecado, venceu a morte, venceu o medo. Hoje é a festa da nossa esperança, a celebração desta certeza: nada e ninguém poderá jamais separar-nos do seu amor (cf. Rm 8, 39). O Senhor está vivo e quer ser procurado entre os vivos. Depois de O ter encontrado, cada um é enviado por Ele para levar o anúncio da Páscoa, para suscitar e ressuscitar a esperança nos corações pesados de tristeza, em quem sente dificuldade para encontrar a luz da vida. Há tanta necessidade disto hoje. Esquecendo de nós mesmos, como servos jubilosos da esperança, somos chamados a anunciar o Ressuscitado com a vida e através do amor; caso contrário, seremos uma estrutura internacional com um grande número de adeptos e boas regras, mas incapaz de dar a esperança de que o mundo está sedento. Como podemos alimentar a nossa esperança? A Liturgia desta noite dá-nos um bom conselho. Ensina-nos a recordar as obras de Deus. Com efeito, as leituras narraram-nos a sua fidelidade, a história de seu amor por nós. A Palavra viva de Deus é capaz de nos envolver nesta história de amor, alimentando a esperança e reavivando a alegria. Isto mesmo nos lembra também o Evangelho que escutamos. Os anjos, para dar esperança às mulheres, dizem: «Lembrai-vos de como [Jesus] vos falou» (v. 6). Fazer memória das palavras de Jesus, fazer memória de tudo aquilo que Ele fez na nossa vida. Não esqueçamos a sua Palavra e as suas obras, senão perderemos a esperança e nos tornaremos cristãos sem esperança; por isso façamos memória do Senhor, da sua bondade e das suas palavras de vida que nos tocaram; recordemo-las e façamo-las nossas, para sermos sentinelas da manhã que sabem vislumbrar os sinais do Ressuscitado. Amados irmãos e irmãs, Cristo ressuscitou! E nós temos a possibilidade de abrir-nos e receber o seu dom de esperança. Abramo-nos à esperança e ponhamo-nos a caminho; a memória das suas obras e das suas palavras seja a luz resplandecente, que orienta os nossos passos na confiança, rumo àquela Páscoa que não terá fim.

sábado, 26 de março de 2016

Judas e eu

Um dos doze discípulos, chamado Judas Iscariotes, foi ter com os sumos sacerdotes e disse: ‘O que me dareis se vos entregar Jesus?’ Combinaram, então, trinta moedas de prata” (Mt26,14s) Foi um discípulo quem entregou Jesus, um “cristão”. Se os judeus foram culpados por rejeitarem seu Messias e tramarem Sua morte, se os romanos tiveram culpa pela covardia de Pilatos que preferiu lavar as mãos, nós, os discípulos também temos a nossa parte, também somos representados nesta triste cena. Judas era um dos nossos, era como nós: fora amorosamente chamado por Jesus; o Mestre o chamou pelo nome, convidou-o a conviver com Ele… Judas comera com Jesus, escutara a Sua palavra, como nós… Também comemos à Mesa do Mestre na Eucaristia, também escutamos Suas palavra proclamada de modo solene em cada Sacrifício da Missa… Por que Judas traiu Jesus? Os motivos não são totalmente claros… Ao que parece, os apóstolos, de modo geral, esperavam um messias glorioso, potente, que restaurasse o antigo reino de Israel; e contavam em participar das glórias e vantagens de tal reino. Pouco a pouco, Jesus foi decepcionando as ilusões deles: era um Messias humilde, pobre, servidor, manso! Entrou na casa de Zaqueu, o publicano pelego, curou o servo do centurião do exército romano opressor e elogiou-lhe a fé, mandou perdoar os inimigos e afirmou que o Seu Reino era de paz e verdade… Certamente, que os Doze tiveram, coitados, que ir mudando de mentalidade, tivera quem ir deixando suas ilusões para abraçar a proposta de Jesus. Parece que Judas não foi capaz… Decepcionou-se com o Mestre. A decepção virou amargura, a amargura tornou-se raiva e a raiva levou Judas a tornar-se cínico ante tudo que dizia respeito a Jesus: ficou entre os Doze, mas já não estava lá de coração, já não era um discípulo, já não era realmente um dos Doze. Começou a roubar o dinheiro da bolsa comum e, agora, estava decidido a entregar Jesus… Era um dos nossos, um de nós, um como nós… Somos também tentado, às vezes, a nos decepcionar com o Senhor: Ele não faz como esperamos, não age como desejaríamos, não nos dá satisfação. A tentação é deixa-Lo pra lá ou mesmo ficar entre os discípulos não mais sendo um verdadeiro discípulo, fazendo do nosso modo, ou até traí-Lo, vendendo-nos às paixões, ao vício, à desonestidade, aos valores do mundo, ao pecado, a uma vida dupla… Senhor, Jesus, por misericórdia, por piedade, não permitas que eu Te traia! Sou do mesmo material de Judas, meu irmão! Sou pobre, às vezes, mesquinho, não consigo sempre ver com a largueza e profundidade do Teu Coração… Às vezes duvido, às vezes tenho uma dificuldade medonha de aceitar de verdade Tuas exigências… Socorre-me, Senhor, Para que eu não faça como Judas ou pior que Judas! Aquele lá, ao menos depois chorou e enforcou-se… Eu poderia fazer pior: Poderia continuar, cínico, teimando no meu pecado, no meu erro, defendendo a minha posição e dizendo que o errado és Tu, que és ultrapassado, anacrônico! Piedade de mim, Jesus, pela Tua Paixão! Lembra-Te de mim, quando vieres no Teu Reino! Dom Henrique Soares, Bispo de Palmares

PAPA Missa do Crisma: sacerdotes testemunhas e ministros da misericórdia

O Santo Padre celebrou, na manhã desta Quinta-feira Santa, na Basílica de São Pedro, no Vaticano, a Missa do Santo Crisma, durante a qual são abençoados os óleos dos catecúmenos e dos enfermos. Na sua homilia, na presença de milhares de sacerdotes, o Papa partiu da primeira pregação de Jesus na sinagoga de Nazaré, que marcava o início da sua vida pública terrena. Mas, seus conterrâneos não quiseram ouvi-lo, pelo contrário, rejeitaram-no por ele ser o filho de José, o carpinteiro. E precisamente onde o Senhor anuncia o evangelho da Misericórdia incondicional do Pai para com os mais pobres, os mais marginalizados e oprimidos, aí, disse Francisco, somos chamados a escolher, a «combater o bom combate da fé»: “A luta do Senhor não é contra os homens, mas contra o demônio, inimigo da humanidade. Assim o Senhor, passando pelo meio daqueles que o queriam detê-lo, prosseguiu o seu caminho. Jesus não combate para consolidar um espaço de poder, mas para abrir uma brecha à torrente da Misericórdia que deseja, com o Pai e o Espírito, derramar sobre a terra. Uma Misericórdia que anuncia e traz algo de novo: cura, liberta e proclama o ano de graça do Senhor!” De fato, a Misericórdia do nosso Deus é infinita e inefável; é uma Misericórdia a caminho, que avança sempre em uma terra onde reinavam a indiferença e a violência. Eis a dinâmica do bom Samaritano, que usou de misericórdia e de amor. «Mostrai-nos, Senhor, a vossa misericórdia»! E dirigindo-se, de modo particular, aos numerosos sacerdotes presentes, o Pontífice exortou: “Como sacerdotes, somos testemunhas e ministros de uma Misericórdia cada vez maior do nosso Pai; temos a doce e confortadora tarefa de a encarnar na terra, como Jesus fez ao andar, por toda a parte, fazendo o bem e curando, para que a sua misericórdia chegasse a todos. Devemos contribuir para a sua enculturação, a fim de que cada pessoa a receba, a compreenda e a pratique”. Hoje, explicou o Papa, nesta Quinta-feira Santa do Ano Jubilar da Misericórdia, “gostaria de falar de dois âmbitos onde o Senhor excede na sua misericórdia: o encontro e o perdão. Com o encontro, Deus se esmera em Misericórdia e se entrega totalmente, como na parábola do Filho pródigo. Logo, devemos contemplar, glorificar e agradecer esta superabundância da graça e da bondade do Pai. Neste sentido, Francisco passou ao segundo âmbito da Misericórdia divina: o perdão: “A nossa resposta ao perdão superabundante do Senhor deveria consistir em manter-nos sempre naquela tensão saudável entre uma vergonha dignificante e uma dignidade que sabe envergonhar-se: atitude de quem procura humilhar-se e rebaixar-se, mas capaz de aceitar que o Senhor o eleve para benefício da missão: ‘Vós sereis chamados “sacerdotes do Senhor”, e nomeados “ministros do nosso Deus’. O Senhor transforma o povo pobre, faminto, prisioneiro de guerra, sem futuro, descartado, em povo sacerdotal”. Neste sentido, o Santo Padre adverte os sacerdotes a identificar-se com aquele povo descartado, que o Senhor salva, lembrando-se de que existem multidões inumeráveis de pessoas pobres, ignorantes e prisioneiras por causa daqueles que as oprimem. Por isso, recorda que nós, tantas vezes, somos cegos, privados da luz maravilhosa da fé, devido ao excesso de teologias complicadas e de espiritualidades superficiais, que nos tornam prisioneiros e oprimidos. E concluiu: “E Jesus vem resgatar-nos, libertar-nos, transformando-nos de pobres e cegos, de prisioneiros e oprimidos em ministros da Misericórdia e da Consolação. Neste Ano Jubilar, celebremos o nosso Pai, com toda a gratidão do nosso coração, suplicando-lhe a recordar-se sempre da sua Misericórdia”! Peçamos-lhe que nos lave de todo o pecado e nos livre de todo o mal”. Com a graça do Espírito Santo, disse por fim o Papa, procuremos comprometer-nos a comunicar a Misericórdia de Deus a todos os homens, praticando as obras que o Espírito suscita em cada um para o bem comum de todo o povo fiel de Deus! (Rádio Vaticano)

SIGNIFICADO DA LOGOMARCA

A MARCA FOI ELABORADA COM BASE NO SIGNIFICADO DA PALAVRA MISERICORDIA. MISERIS+CORDIA = MISÉRIA + CORAÇÃO. O CORAÇÃO QUE SIMBOLIZA A COMPAIXÃO, A PIEDADE, PERDÃO E CARIDADE. O FOGO E A CRUZ REPRESENTAM A MISERICÓRDIA DE JESUS PELO ESPÍRITO SANTO. AS PESSOAS DENTRO DO CORAÇÃO, SIMBOLIZAM AS VIDAS RECONSTRUÍDAS PELA MISERICÓRDIA. AS ONDAS SONORAS AO REDOR DO CORAÇÃO REPRESENTAM O ANÚNCIO DA MISERICÓRDIA.

10 frases de Jesus que transformaram a humanidade

Amai-vos uns aos outros. Como eu vos tenho amado, assim também vós deveis amar-vos uns aos outros.” (João 13,34) “Quem de vós estiver sem pecado, seja o primeiro a lhe atirar uma pedra.” (João 8,7) “Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem” (Lucas 23,34) “A verdade vos tornará livres.” (João 8,32) “Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.” (Matus 5,7) “Para Deus tudo é possível.” (Mateus 19,26) “Todo aquele que quiser tornar-se grande entre vós, se faça vosso servo” (Mateus 20, 16) “Reanimai-vos e levantai as vossas cabeças; porque se aproxima a vossa libertação.” (Lucas 21,28) “Segue-me.” (João 1, 43) “Aquele que crê no Filho tem a vida eterna.” (João 3, 36)

quarta-feira, 23 de março de 2016

A Semana Santa mostra que o amor de Deus não tem limites, disse o Papa hoje

O Papa Francisco começou hoje o tradicional encontro semanal das quartas-feiras com os fieis, entrando na Praça de São Pedro no papamóvel, acenando para as milhares de pessoas reunidas lá. O veículo que o levava deteve-se várias vezes e o Santo Padre abençoou as crianças e bebês que o rodearam. As medidas de segurança para entrar na praça eram altas como de costume, aparentemente, não mais do que o normal, apesar dos atentados em Bruxelas na terça-feira que atingiu o coração da Europa. No que respeita ao programa da Semana Santa não haverá nenhuma mudança, de acordo com o indicado ontem pela secretaria de imprensa do Vaticano. A catequese desta quarta-feira fria e com muito vento, apesar de ser o começo da primavera na Europa, começou com a leitura em vários idiomas do evangelho de Lucas. Em seguida o Pontífice explicou que nos três dias da Semana Santa devemos o Tríduo Pascal sentindo a misericórdia de Deus. Ao resumir a catequese em português disse: “Durante o Tríduo Pascal, celebramos o mais importante mistério da nossa fé, um mistério que nos fala de misericórdia, de um amor que não conhece obstáculos. Fala-nos de como Jesus nos amou até o fim, de como quis partilhar os sofrimentos de toda a humanidade, permanecendo presente junto das vicissitudes pessoais de cada um de nós. Na Quinta-feira Santa, ao celebrar a instituição da Eucaristia, refletimos sobre amor que se faz serviço; sobre a presença que sacia a fome dos homens e que nos impele a fazer o mesmo com os outros. Na Sexta-feira, com a Paixão de Cristo, deparamo-nos com o momento culminante do amor, um amor que não exclui ninguém. Por fim, no Sábado, contemplamos, no silêncio de Deus, o amor que se solidariza com todos os abandonados e que se faz espera pela vida nova ressuscitada. Assim, o Tríduo Pascal é um convite a fixar o olhar na paixão e morte do Senhor, para poder acolher no coração a grandeza do seu amor, na espera da Ressurreição”. Já no final da audiência o Papa disse que “com o coração cheio de dor”, garante a sua oração e proximidade “ao querido povo belga”. Em particular aos familiares das vítimas e todos os feridos, bem como todas as pessoas de boa vontade às quais pede “perseverar na oração” e pedir ao Senhor nesta semana santa, que “console todos os corações aflitos e transforme os corações destas pessoas cegas pelo fundamentalismo cruel”. E pediu para se rezar em silêncio por intercessão da Virgem: “Agora, em silêncio rezemos pelos mortos, os feridos e por todos os familiares, bem como por todo o povo belga”, atingido por este drama. A audiência concluiu com a benção dos objetos religiosos que os fieis levaram e com o canto do ‘Pater Noster’.

“Que a Igreja reaja à heresia da adoração do humano”, disse Kirill

Alguns supostos “direitos humanos” não são nada mais do que uma “heresia”, porque se colocam em contradição com a Bíblia, portanto, combatê-los é uma meta da Igreja Ortodoxa. Assim declarou na última segunda-feira, 21, o patriarca ortodoxo de Moscou, Kirill, ao final da missa celebrada na catedral de Cristo Salvador na capital russa, por ocasião da Festa do Triunfo da Ortodoxia. Conforme relatado pela agência Interfax, o patriarca teria denunciado os “esforços” de muitos “países ricos” por transformar em lei qualquer “direito de escolha”, até os mais “pecaminosos”, que “contradizem a Palavra de Deus, o conceito de santidade, o conceito de Deus”. Exortando os fieis ortodoxos a defenderem a sua fé de tais desvios, Kirill falou de uma “heresia mundial da adoração do humano”, segundo uma “nova idolatria que remove Deus da vida humana”. “Nada dessas coisas jamais aconteceram a nível global – salientou o patriarca de Moscou – . E precisamente a este avanço da heresia hoje, cujas consequências poderiam ser apocalípticas, que a Igreja deve responder com a força da sua proteção, da sua palavra, do seu pensamento”.

Na Semana Santa, Papa dedica catequese ao Tríduo Pascal

No contexto da Semana Santa, o Papa Francisco dedicou a catequese desta quarta-feira, 23, ao Tríduo Pascal. Segundo o Santo Padre, esse é um momento para entrar sempre mais no grande mistério da fé que é a Ressurreição de Jesus. Esse mistério venerado na Semana Santa é uma grande história de amor que não tem obstáculos, disse o Papa. “A Paixão de Jesus dura até o fim do mundo, porque é uma história de partilha com os sofrimentos de toda humanidade e uma permanente presença nos acontecimentos da vida pessoal de cada um de nós. Em síntese, o Tríduo Pascal é o memorial de um drama de amor que nos dá a certeza de que nunca seremos abandonados nas provas da vida”. Francisco recordou que, na Quinta-feira Santa, Jesus institui a Eucaristia, antecipando na última ceia o seu sacrifício. E a Eucaristia é amor que se faz serviço, é presença sublime de Cristo que deseja alimentar cada um, sobretudo os mais necessitados, mas não somente isso. “No doar-se a nós como alimento, Jesus atesta que devemos aprender a dividir com os outros este nutrimento para que se transforme em uma verdadeira comunhão de vida com os mais necessitados. Ele doa-se a nós e nos pede que permaneçamos n’Ele para fazer o mesmo”, destacou. O Papa descreveu a Sexta-feira Santa como o momento culminante do amor que abraça a todos sem excluir ninguém. “A morte de Jesus, que na cruz se abandona ao Pai para oferecer salvação ao mundo inteiro, exprime o amor doado até o fim, sem fim. Se Deus nos demonstrou seu amor supremo na morte de Jesus, então também nós, regenerados pelo Espírito Santo, podemos e devemos amar uns aos outros”, disse o Pontífice. O silêncio de espera de Nossa Senhora O Papa explicou ainda que o Sábado Santo é o dia do silêncio de Deus, quando Ele se cala por amor. “Deve ser um dia de silêncio. Devemos fazer de tudo para que para nós seja um dia de silêncio como foi naquele tempo, o dia do silêncio de Deus”, reforçou o Papa. “No Sábado Santo nos fará bem pensar no silêncio de Nossa Senhora, a crente que, em silêncio, esperava pela Ressurreição. Nossa Senhora deverá ser o ícone daquele Sábado Santo. Pensar tanto em como Nossa Senhora viveu aquele Sábado Santo, esperando…”. Para viver este silêncio durante o grande mistério de amor e de misericórdia, Francisco citou a experiência de uma jovem pouco conhecida, Juliana de Norwich, que teve uma visão da paixão de Cristo na qual Jesus afirmou que, se pudesse, teria sofrido ainda mais por ela. “Este é o nosso Jesus, que diz a cada um de nós: se pudesse sofrer mais por você, o faria”, concluiu o Papa.

segunda-feira, 21 de março de 2016

Tumba vazia em Basílica de São Pedro surpreende as redes

Segundo informaram nesta quinta-feira diversos meios de comunicação italianos, trata-se de uma tumba feita de mármore branco sem inscrições e foi colocada perto do lugar onde repousam os restos do Papa João Paulo I. A notícia foi divulgada pela agência I-media, a qual também publicou a foto que já começou a circular nas redes sociais. O Papa Francisco e o Papa Emérito Bento XVI gozam de boa saúde, mas isso não evitou que o porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi, mencionasse a tumba colocada nas grutas vaticanas. Não há “nenhum mistério”, expressou o sacerdote jesuíta. “É necessário prever que nas grutas vaticanas serão colocadas as tumbas para os próximos anos. Somente havia uma capela livre e então seria inteligente prever também outras possibilidades”, explicou o porta-voz da Santa Sé.

Carta da Comunidade aos Zeladores

Querido zelador, querida zeladora: O Conselho da Comunidade Anunciadores da Misericórdia tem partilhado, rezado e se debruçado muito sobre o Projeto Misericórdia nas Famílias, e, como o mesmo é Filho da Comunidade, o Conselho discerniu e tomou algumas decisões que são as seguintes: 1-O uso da logomarca nos cartazes, impressos em geral e nas camisas que venham a ser feitas por ocasião de encontros ou outros, pois, a Comunidade Anunciadores da Misericórdia possui uma logomarca que foi produzida com o intuito de dar uma visibilização ao Carisma. Como o Projeto Misericórdia nas Famílias é Filho da Comunidade Anunciadores da Misericórdia para que todos percebam isso, essa unidade entre o Projeto e a Comunidade o uso da logomarca é de fundamental importância. A Comunidade Anunciadores da Misericórdia coloca à disposição dos coordenadores paroquiais a logomarca. Preciso de um endereço de email para onde enviar a logomarca. 2-O Projeto Misericórdia nas Famílias é Filho da Comunidade Anunciadores da Misericórdia, logo, todo zelador e zeladora é Filho e Filha da Misericórdia. Entendemos que nasce assim uma nova vocação dentro da Comunidade, por isso, iremos iniciar a preparação dos zeladores como filhos da misericórdia para que durante os encontros regionais que iremos pregar possamos celebrar o compromisso dos filhos com a Comunidade através da entrega da medalha a ser usada pelos filhos e filhas da misericórdia. Preciso de um email pra enviar a logomarca da Comunidade pra voces.

sexta-feira, 18 de março de 2016

PAPA Papa: esperança, virtude humilde e forte que nos sustenta

A esperança cristã é uma virtude humilde e forte que nos sustenta e não nos deixa afundar nas muitas dificuldades da vida.” Foi o que disse o Papa Francisco na missa matutina desta quinta-feira (17/03), na Casa Santa Marta. O Pontífice reiterou que a esperança nunca desilude. É fonte de alegria e dá paz ao nosso coração. Jesus fala com os doutores da lei e afirma que Abraão “exultou na esperança” de ver o seu dia. O Papa Francisco se inspirou na passagem do Evangelho do dia para sublinhar que a esperança é fundamental na vida do cristão. “Abraão teve as suas tentações no caminho da esperança, mas acreditou, obedeceu ao Senhor e se colocou a caminho rumo à terra prometida”,disse o Pontífice. A esperança nos dá alegria “Existe um fio de esperança que une toda a história da salvação e é fonte de alegria”, disse Francisco que acrescentou: “Hoje, a Igreja nos fala da alegria da esperança. Na primeira oração da missa pedimos a graça de Deus para que proteja a esperança da Igreja a fim de que não falhe. Paulo, falando de nosso Pai Abraão, nos diz: ‘Esperando contra toda esperança’. Quando não há esperança humana, há aquela virtude que nos leva adiante, humilde e simples, e nos dá uma alegria, às vezes uma grande alegria, às vezes somente a paz, mas a segurança de que aquela esperança não desilude. A esperança não desilude.” “Esta alegria de Abraão, esta esperança”, prosseguiu, “cresce na história. Às vezes se esconde, não se vê; às vezes se manifesta abertamente”. Francisco cita o exemplo de Isabel grávida que exulta de alegria quando foi visitada pela sua prima Maria. “É a alegria da presença de Deus que caminha com o seu povo. E quando existe alegria, existe paz. Esta é a virtude da esperança: da alegria à paz”. “Esta esperança nunca desilude, nem mesmo nos momentos da escravidão, quando o Povo de Deus estava em terra estrangeira.” A esperança nos sustenta Este fio de esperança começa com Abraão, “Deus que fala a Abraão e termina com Jesus”. Francisco se deteve sobre as características desta esperança. Se, de fato, se pode dizer ter fé e caridade, é mais difícil responder sobre a esperança: “Isto tantas vezes podemos facilmente dizer, mas quando perguntamos: ‘Você tem esperança? Você tem a alegria da esperança? ‘Mas, Padre, eu não entendo, explica-me’. A esperança, esta virtude humilde, a virtude que escorre por baixo da água da vida, mas que nos sustenta para não nos afogarmos nas muitas dificuldades, para não perdermos o desejo de encontrar Deus, de encontrar aquele rosto maravilhoso que todos nós vamos ver um dia: a esperança.” A esperança não desilude Hoje, disse o Papa, vai ser um bom dia para pensar sobre isso: o mesmo Deus, que chamou Abraão e o fez sair da sua terra, sem saber para onde estava indo, é o mesmo Deus que vai à cruz, para realizar a promessa que fez”: “É o mesmo Deus que na plenitude dos tempos faz com que a promessa se torne uma realidade para todos nós. E o que une aquele primeiro momento a este último momento é o fio de esperança; e o que une minha vida cristã à nossa vida cristã, de um momento para outro, para ir sempre avante – pecadores, mas avante – é a esperança; e o que nos dá a paz em tempos difíceis, nos momentos mais sombrios da vida é a esperança. A esperança não desilude, está sempre ali: silenciosa, humilde, mas forte”. (Rádio Vaticano)

quarta-feira, 16 de março de 2016

As 7 falsas devoções à Santíssima Virgem Não caia em nenhuma destas armadilhas

Um ensinamento muito atual de São Luís Maria Grignion de Montfort, um dos grandes devotos da Santíssima Virgem: * * * Há cada vez mais falsas devoções a Nossa Senhora, e é fácil tomá-las por verdadeiras. Em razão disso é muito importante conhecer: primeiro as falsas devoções à Santíssima Virgem para as evitar, e a verdadeira, para abraçá-la. Depois, importa distinguir entre tantas práticas diferentes desta última, qual a mais perfeita, a mais agradável à Santíssima Virgem Maria, aquela que dá mais glória a Deus e que é mais santificante para nós, para a Ela nos apegarmos. Falsos devotos e falsas devoções à Santíssima Virgem Maria Conheço sete espécies de falsos devotos e falsas devoções, a saber: Os devotos críticos Os devotos críticos são, ordinariamente, sábios orgulhosos, espíritos fortes e que se bastam a si mesmos. No fundo têm alguma devoção à Santíssima Virgem Maria, mas criticam quase todas as práticas de devoção que as almas simples tributam singela e santamente a esta boa Mãe, porque não condizem com a sua fantasia. Põem em dúvida todos os milagres e narrações referidas por autores dignos de crédito ou tiradas das crônicas de ordens religiosas, e que testemunham as misericórdias e o poder da Santíssima Virgem. Veem com desgosto pessoas simples e humildes ajoelhadas diante dum altar ou imagem da Virgem, talvez no recanto duma rua, para aí rezar a Deus. Acusam-nas até mesmo de idolatria, como se estivessem a adorar madeira ou pedra. Dizem que, quanto a si, não gostam dessas devoções exteriores, e que não são tão fracos de espírito que vão acreditar em tantos contos e historietas que correm a respeito da Santíssima Virgem. Quando lhes referem os louvores admiráveis que os Santos Padres tecem a Nossa Senhora, ou respondem que isso é exagero, ou explicam erradamente as suas palavras. Esta espécie de falsos devotos e de gente orgulhosa e mundana é muito para temer, e causam imenso mal à Devoção a Nossa Senhora, afastando eficazmente dela o povo, sob o pretexto de destruir abusos. Os devotos escrupulosos Os devotos escrupulosos são pessoas que temem desonrar o Filho honrando a Mãe, rebaixar um ao elevar a outra. Não podem suportar que se prestem à Santíssima Virgem louvores muito justos, tais como os Santos Padres lhe dirigiram. Não toleram, senão contrariados, que haja mais pessoas de joelhos diante dum altar de Maria que diante do Santíssimo Sacramento. Como se uma coisa fosse contrária à outra, como se aqueles que rezam a Nossa Senhora não rezassem a Jesus Cristo por meio d’Ela! Não querem que se fale tantas vezes da Santíssima Virgem, nem que a Ela nos dirijamos tão freqüentemente. Eis algumas frases que lhes são habituais: Para que servem tantos terços, tantas confrarias e devoções externas à Santíssima Virgem? Há muita ignorância nisto tudo! Faz-se da religião uma palhaçada. Falem-me dos que têm Devoção a Jesus Cristo (freqüentemente pronunciam este Santo Nome sem a devida reverência, sem descobrir a cabe- ça, digo-o entre parêntesis). É preciso pregar Jesus Cristo: eis a doutrina sólida! Isto que dizem é verdadeiro num certo sentido; mas quanto à aplicação que disso fazem, para impedir a Devoção à Virgem Santíssima, é muito perigoso. Trata-se duma cilada do inimigo sob pretexto dum bem maior. Pois nunca se honra mais a Jesus Cristo do que quando se honra muito à Santíssima Virgem. A razão é simples: só honramos a Virgem no intuito de honrar mais perfeitamente a Jesus Cristo, indo a Ela apenas como ao caminho que leva ao fim almejado, que é Jesus. A Santa Igreja, com o Espírito Santo, bendiz em primeiro lugar a Virgem e só depois Jesus Cristo: “Bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus” (Lc 1, 42). Não é que Maria seja mais que Jesus, ou igual a Ele: dizê-lo seria uma heresia intolerável. Mas, para mais perfeitamente bendizer Jesus Cristo, é preciso louvar antes a Virgem Maria. Digamos, pois, com todos os verdadeiros devotos da Santíssima Virgem, e contra esses falsos devotos escrupulosos: Ó Maria, bendita sois Vós entre as mulheres e bendito é o fruto do Vosso ventre, Jesus! Os devotos exteriores Os devotos exteriores são pessoas que fazem consistir toda a Devoção à Santíssima Virgem em práticas externas. Ficam apenas na exterioridade desta Devoção, por lhes faltar espírito interior. Rezarão muitos terços às pressas; ouvirão muitas Missas sem atenção; irão sem devoção às procissões; entrarão em todas as confrarias de Nossa Senhora sem mudar de vida, sem fazer violência às suas paixões, nem imitar as virtudes desta Virgem Perfeitíssima. Só apreciam o que há de sensível na Devoção, sem atender ao que tem de sólido. Se não experimentam prazer sensível nas suas práticas, julgam que já não fazem nada, desorientam-se, abandonam tudo, ou fazem as coisas precipitadamente. O mundo está cheio desta espécie de devotos exteriores, e não há ninguém como eles para criticar as almas de oração. Estas aplicam-se ao interior, por ser o essencial, sem todavia desprezar a modéstia exterior que acompanha sempre a Verdadeira Devoção. Os devotos presunçosos Os devotos presunçosos são pecadores entregues às suas más paixões, ou amigos do mundo. Sob o belo nome de cristãos e devotos da Santíssima Virgem escondem ou o orgulho, ou a avareza, ou a impureza, ou a embriaguez, ou a cólera, ou a blasfêmia, ou a maledicência, ou a injustiça etc. Dormem em paz nos seus maus hábitos, sem se esforçar muito para os corrigir, sob o pretexto de que são devotos de Nossa Senhora. Dizem para consigo mesmos que Deus lhes perdoará, que não hão de morrer sem confissão e não serão condenados porque rezam o Terço, porque jejuam aos sábados e pertencem à confraria do Santo Rosário ou do escapulário, ou às suas congregações, ou porque trazem o hábito ou a cadeia da Santíssima Virgem etc. Se alguém lhes diz que a sua devoção não passa de ilusão do demônio e de perniciosa presunção capaz de os condenar, não querem acreditar. Dizem que Deus é bom e misericordioso, que não nos criou para a condenação, que todos pecam, que não morrerão impenitentes, que um bom “Pequei” (2 Sm 12, 13; Sl 50) à hora da morte será suficiente. E, para mais, são devotos de Nossa Senhora, usam o escapulário, rezam diariamente, sem falha e sem vaidade, sete Pai-Nossos e sete Ave-Marias em sua honra. E, às vezes, até rezam o Terço e o ofício da Santíssima Virgem, e até jejuam! Para confirmar o que dizem e para ainda mais se cegarem, citam algumas histórias que ouviram ou leram em algum livro, histórias verdadeiras ou falsas (isso pouco importa). Nestas se conta como pessoas mortas em pecado mortal sem confissão, foram ressuscitadas para se confessarem, porque durante a vida tinham recitado orações ou praticado alguns atos de devoção à Santíssima Virgem. Ou ainda como a alma ficou miraculosamente no corpo até a confissão, ou obteve de Deus contrição e perdão dos seus pecados no momento da morte pela misericórdia da Virgem, sendo assim salva. E estes falsos devotos esperam o mesmo. Nada é tão prejudicial no Cristianismo como esta presunção diabólica. Pois poder-se-á dizer, com verdade, que se ama e honra a Santíssima Virgem, quando se fere, traspassa, crucifica e ultraja impiedosamente Jesus Cristo, seu Filho, com o pecado?! Se Maria se comprometesse a salvar, por misericórdia, esta espécie de pessoas, autorizaria o crime, ajudaria a crucificar e ofender seu Filho! Quem ousará sequer pensar coisa semelhante?! A Devoção à Santíssima Virgem é, depois da Devoção a Nosso Senhor no Santíssimo Sacramento, a mais santa e a mais sólida. Por isso afirmo: abusar assim dela é cometer um horrível sacrilégio que, depois do sacrilégio da Comunhão indigna, é o menos perdoável de todos. Concordo que, para ser verdadeiro devoto da Santíssima Virgem, não é absolutamente necessário ser tão santo que se evite todo pecado, embora isso fosse de desejar, mas, pelo menos, é preciso (e note-se bem o que vou dizer): 1º. Ter uma sincera resolução de evitar, ao menos, todo pecado mortal, que ultraja tanto a Mãe como o Filho. 2º. Fazer violência contra si mesmo para evitar o pecado. 3º. Entrar em confrarias, rezar o Terço, o Santo Rosário ou outras orações, jejuar aos sábados etc. 100. Isto é duma utilidade maravilhosa para a conversão dum pecador, mesmo endurecido. Se o meu leitor está nesse caso, aconselho-o a que o faça, ainda mesmo que já tenha um pé no abismo. Faça estas boas obras unicamente com o fim de obter de Deus, por intercessão da Santíssima Virgem, a graça da contrição e do perdão dos seus pecados, e a graça de vencer os seus maus hábitos. Não as faça, porém, pensando que poder-se-á demorar tranquilamente no estado de pecado, indo contra o remorso da sua consciência,o exemplo de Jesus Cristo e dos santos, e as máximas do Santo Evangelho. Os devotos inconstantes Os devotos inconstantes são aqueles que praticam alguma devoção à Santíssima Virgem a intervalos e por capricho: ora são fervorosos, ora tíbios; ora parecem dispostos a fazer tudo para servir Nossa Senhora, ora, e pouco depois, já não parecem os mesmos. A princípio abraçarão todas as devoções à Santíssima Virgem, entrarão em suas confrarias, mas logo depois já não praticarão as regras com fidelidade. Mudam como a Lua (Eclo 27, 12), e Maria esmaga-os sob os Seus pés como ao crescente (Ap 12, 1), porque são volúveis e indignos de serem contados entre os servos desta Virgem Fiel. Estes têm a fidelidade e a constância por herança. Mais vale não se sobrecarregar com tantas orações e práticas de devoção, e fazer pouco com amor e fidelidade, a despeito do mundo, do demônio e da carne. Os devotos hipócritas Há ainda outros falsos devotos da Santíssima Virgem, que são os devotos hipócritas. Cobrem os seus pecados e maus hábitos com a capa desta Virgem Fiel, a fim de passar pelo que não são aos olhos dos homens. Os devotos interesseiros Os devotos interesseiros só recorrem à Santíssima Virgem para ganhar algum processo, para evitar algum perigo, para obter a cura de alguma doença, ou para qualquer outra necessidade deste gênero, sem o que a esqueceriam. Uns e outros são falsos devotos, e não têm aceitação diante de Deus nem de sua Santa Mãe. Guardemo-nos das falsas devoções. Evitemos, portanto, pertencer ao número dos devotos críticos, que não acreditam em nada e criticam tudo; dos devotos escrupulosos, que temem ser demasiado devotos da Santíssima Virgem, por respeito para com Jesus Cristo; dos devotos exteriores, que fazem consistir toda a sua devoção em práticas externas; dos devotos presunçosos, que, ao abrigo da sua falsa devoção à Santíssima Virgem, apodrecem nos seus pecados; dos devotos inconstantes que, por leviandade, variam as suas práticas de devoção, ou as deixam completamente à menor tentação; dos devotos hipócritas, que entram em confrarias e usam as insígnias da Virgem a fim de se passar por bons, e finalmente, dos devotos interesseiros, que só recorrem à Santíssima Virgem para ser livres dos males do corpo, ou obter bens temporais. (Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem Maria)

Catequese: Papa pede que nações abram portas aos migrantes

Francisco recordou os capítulos 30 e 31 do profeta Jeremias, conhecidos como “livro da consolação”, no qual a misericórdia de Deus se apresenta com toda a sua capacidade de confortar e abrir o coração dos aflitos à esperança. Deus, por meio do profeta Jeremias, dirige-se aos israelitas exilados em terra estrangeira para pré-anunciar o retorno à pátria. “O exílio foi uma experiência devastante para Israel”, afirmou Francisco, explicando que a fé de Israel vacilou, sentiu-se abandonada por Deus e, vendo a pátria destruída, era difícil continuar a acreditar na bondade do Senhor. “Mas me vem à mente o pensamento da Albânia e, como depois de tanta perseguição e destruição, o país conseguiu reerguer-se na dignidade e na fé”, recordou Francisco, que visitou o país do leste Europeu em setembro de 2014. “Também nós podemos viver um tipo de exílio quando a solidão, o sofrimento e a morte nos fazem pensar que fomos abandonados por Deus (…) Quantas vezes ouvimos essa palavra: Deus se esqueceu de mim. Tantas vezes pessoas sofrem e se sentem abandonadas”. Migrantes Neste ponto, com a voz embargada, porém firme, Francisco citou os migrantes – exilados de hoje – que vivem uma real e dramática situação, longe de sua pátria, com o olhar marcado pelas ruínas das suas casas, com o coração cheio de medo e a dor da perda dos entes queridos. “Quantos tentam chegar em outros lugares e lhes fecham as portas! Estão ali na fronteira, porque tantas portas e tantos corações estão fechados. Os migrantes de hoje sofrem, sofrem a céu aberto, sem alimento, e não podem entrar, não sentem a acolhida. Como gosto quando vejo as nações, os governantes que abrem o coração e abrem as portas”. O Papa então voltou ao livro da consolação para afirmar que Deus não está ausente, por isso não devemos ceder ao desespero. “O Senhor secará todas as lágrimas e nos libertará de todos os temores. O Senhor é fiel, não abandona à desolação. Deus ama com um amor sem limites, que tampouco o pecado pode frear, e graças a Ele o coração do homem se enche de alegria e consolação. (…) O verdadeiro e radical retorno do exílio e a confortante luz após a escuridão da crise de fé acontece na Páscoa, na experiência cheia e definitiva do amor de Deus, amor misericordioso que doa alegria, paz e vida eterna”.

terça-feira, 15 de março de 2016

“O crucifixo não é uma obra de arte… é o mistério do ‘aniquilamento’ de Deus, por amor”, disse o Papa

Se nós queremos conhecer “a história de amor” que Deus tem conosco é necessário olhar o Crucifixo, sobre o qual está um Deus que se “esvaziou da divindade”, se “sujou” de pecado para salvar os homens. Assim indicou o Papa Francisco na homilia da missa celebrada em Santa Marta. A história de salvação contada pela Bíblia tem a ver com um animal, o primeiro a ser nomeado no Gênesis e o último no Apocalipse: a serpente. Um animal que, na Escritura, é símbolo poderoso de condenação e misteriosamente de redenção, explicou o Papa. Para explicar isso, o Santo Padre referiu-se à leitura de Números e a passagem do Evangelho de João. A primeira contém a célebre passagem do povo de Israel que, cansado de vagar pelo deserto com pouca comida, jura contra Deus e contra Moisés. Também aqui são protagonistas as serpentes, duas vezes. As primeiras enviadas do céu contra o povo fiel, semeiam medo e morte até que as pessoas implorem perdão a Moisés. E a segunda, recordou o Papa, quando “Deus disse a Moisés: “Faça uma serpente e coloque-a em uma vara (a serpente de bronze). Quem for mordido e olhar para ela ficará vivo”. É misterioso: o Senhor não mata a serpente, a deixa. Mas se uma delas prejudica uma pessoa, basta olhar para a serpente de bronze e ficará curada. Elevar a serpente”. Além disso, Francisco disse que o verbo “elevar” está, no entanto, no centro do duro debate entre Cristo e os fariseus descrito no Evangelho. Em um certo momento, Jesus afirma: “Quando tiverdes elevado o Filho do homem, então conhecereis quem eu sou”. Acima de tudo, observou o Santo Padre, “Eu Sou” é também o nome que Deus se tinha dado para que Moisés o comunicasse aos israelitas. E depois, acrescentou o Papa, está essa expressão que volta: “Elevai o Filho do homem…”. Nesse mesmo sentido, o Bispo de Roma salientou que a serpente é símbolo do pecado. “A serpente que mata. Mas uma serpente que salva. E este é o mistério do Cristo”. Assim, recordou que Paulo, falando do Mistério, diz que Jesus esvaziou-se a si mesmo, humilhou-se, aniquilou-se para salvar-nos. E mais forte ainda: fez-se pecado. Por isso explicou que o Filho do homem, que como uma serpente, tornado pecado, é elevado para salvar-nos. Esta, disse o Papa, “é a história de nossa redenção, esta é a história do amor de Deus. Se quisermos conhecer o amor de Deus, olharmos o Crucifixo: um homem torturado”, um Deus, “esvaziado de divindade”, “sujado” pelo pecado. Mas um Deus que, concluiu, aniquilando-se destrói para sempre o verdadeiro nome do mal, o que o Apocalipse chama de “a velha serpente”. E, finalmente, garantiu que “o pecado é a obra de satanás e Jesus vence Satanás ‘tornando-se pecado’ e assim eleva a todos nós. O crucifixo não é uma obra de arte, com muitas pedras preciosas como se veem: o Crucifixo é o mistério do ‘aniquilamento’ de Deus, por amor; e essa serpente que profetiza no deserto a salvação: elevado e quem olhar para ele é curado. E isso não foi feito com uma varinha mágica de um Deus que faz as coisas: não! Isso foi feito com o sofrimento do Filho do homem, com o sofrimento de Jesus Cristo”.

A ideologia de gênero contra São José e um magistrado inglês

São José na Itália. Um magistrado na Grã-Bretanha. São as duas novas vítimas da ideologia de gênero. O pai adotivo de Jesus, cuja festa (19 de março) é tradicionalmente, na Itália, associada ao Dia do Pai, é obviamente uma figura que os profetas do indiferentismo sexual – sempre prontos para pedir maior tolerância com eles – não toleram de jeito nenhum. O fato que está acontecendo em uma creche do bairro Isola, de Milão, testemunha isso. Por decisão da direção da escola, a partir deste ano, para a festa do pai as crianças terão que renunciar aos trabalhos feitos à mão e às rimas aprendidas de memória para expressar afeto aos seus pais. A decisão, dizem os diretores da escola infantil, foi tomada para não discriminar eventuais crianças que vivem com casais do mesmo sexo. É assim que, no lugar da tradicional festa em honra aos pais, foi organizada uma programação didática dedicada às várias etnias. Um único gesto para alinhar duas escolas de pensamento do politicamente correto: ideologia de género e melting pot. Além das frases de circunstância, e da “bênção” da Câmara Municipal de esquerda, fora da instituição os pais se demonstram relutantes com a ideia de ter que repropor às escondidas a figura de São José para benefício de uma mais anônima aclamação por uma sociedade multicultural. “Eu não entendo por que eliminar um costume que se concretiza com um gesto de afeto e permanecia no tempo”, se pergunta um pai indignado entre tatos pais que fora os muros da escola murmuram por causa da decisão da escola. Para dar eco ao seu sofrimento, a intervenção de alguns políticos. O ex-vice-prefeito de Milão, Riccardo De Corato destaca que a escola é municipal e, portanto, “não é aceitável que cada um faça o que quiser”. De Corato lembrou também que para a junta Pisapia não é novidade iniciativas focadas a erradicar a família, com a introdução dos termos “genitore 1” e “genitore 2”. Assim também é a vontade de expulsar São José da escola italiana. Em Bolonha, três escolas infantis anunciaram que neste ano não organizarão iniciativas para a festa do pai. Já no ano passado, em Roma, a mesma decisão tinha criado discussão. Um grupo de pais tinha desafiado o instituto, pedindo para retomar os festejos. A desenvoltura do pequeno grupo de pais romanos é uma generosa tentativa de reações perante uma ideologia agressiva que se estende por toda parte, pelo menos no mundo ocidental. Pagou o pato, há algum tempo atrás, um magistrado de 69 anos do Kent, na Inglaterra, com o nome de Richard Page. Réu por ter declarado, durante uma entrevista à BBC, que não há provas suficientes sobre o fato de que confiar crianças à casais homossexuais é de interesse deles. Page foi removido do seu cargo pelo Lord Chanceler. A notícia, que foi lançada pelo Observatory on intolerance and discrimination against Christians in Europe, foi retomada na Itália por Marco Tosatti no jornal La Stampa. Aqui estão as palavras que custaram caro juiz inglês: “A minha responsabilidade como magistrado, na minha opinião, era de fazer o que eu considerava o melhor para as crianças, e a minha sensação, portanto, era de que seria melhor se os pais adotivos fossem um homem e uma mulher”. Depois de uma investigação conduzida por uma comissão disciplinar, ele foi removido porque demonstrou com aquela entrevista que tem “um preconceito” com os pais adotivos do mesmo sexo. Já em 2014 Page tinha conhecido o quão severa possa ser a ideologia de gênero. Por não estar de acordo com os seus colegas sobre a atribuição de uma criança a um casal gay, foi forçado a seguir um “curso de re-educação”. Grande a bagagem de experiência profissional que este magistrado inglês tem, ao ponto de comentar assim a decisão de suspendê-lo: “Como magistrado, deve agir com base em evidências, e muito simplesmente, acho que não haja evidência para me convencer de que colocar uma criança aos cuidados de um casal do mesmo sexo possa globalmente ser benéfico, assim como coloca-los sob o cuidado de uma mãe um pai, como Deus e a natureza fazem”. Palavras que não servem para suavizar a pena emitida contra ele. Os termos “Deus” e “natureza” não aparecem no vocabulário da “neo-língua” orwelliana que os defensores do género querem impor. Esses mesmos defensores que – como diz Andrea Williams, advogado de Page – “procuram calar as opiniões opostas” e “se não o conseguem, esmagam e punem as pessoas que têm essas opiniões”.

segunda-feira, 14 de março de 2016

“Senhor, não te entendo. Mas, sem entender, confio-me em suas mãos”, diz o Papa

O Papa Francisco refletiu nesta manhã em Santa Marta sobre alguns fatos dramáticos dos últimos tempos. Diante desses “vales escuros” do nosso tempo a única resposta é confiar em Deus, garantiu. Referindo-se à primeira leitura, tirada do Livro de Daniel, o Papa indicou que Susana, uma mulher justa, é “sujada” pelo “mal desejo” de dois juízes, mas prefere confiar em Deus e escolher morrer inocente do que fazer o que esses homens queriam. Por isso, o Papa indicou que até quando nos encontramos percorrendo um “vale escuro” não devemos temer nenhum mal. O Senhor sempre caminha conosco, nos ama e não nos abandona. E então Francisco mencionou vários “vales escuros” do nosso tempo. “Quando nós, hoje, vemos tantos vales escuros, tantos infortúnios, tantas pessoas que morrem de fome, de guerra, tantas crianças com deficiência, tantas… tantas que agora, você pergunta aos pais: ‘Que doença tem? – ‘Ninguém sabe: chama-se doença rara’. É o que nós fazemos com as nossas coisas: pensemos nos tumores da Terra do fogo…. Então, você vê tudo isso e pergunta onde está o Senhor?, onde está?”, perguntou-se Francisco. Você caminha comigo? Este era o sentimento de Susana. Também o nosso. E deu um exemplo: “você vê quatro freiras assassinadas: mas, serviam por amor, e terminaram assassinadas por ódio”. Também quando “você vê que se fecham as portas aos refugiados e eles são deixados de fora, na intempérie, com o frio… Mas tu, Senhor, onde estás”. E como confiar no Senhor vendo todas estas coisas? Quando essas coisas acontecem conosco, cada um pode dizer: mas, como confiar em Ti? O Santo Padre garantiu que para esta pergunta existe somente uma resposta possível: “não se pode explicar, não sou capaz”. Diante da pergunta sobre o sofrimento de uma criança, o Pontífice propõe a passagem de Jesus no Getsêmani. ‘Pai, se queres, afasta de mim este cálice. Mas que não se faça a minha vontade e sim a tua’. A este respeito, Francisco destacou que Jesus confia na vontade do Pai. “Jesus sabe que não termina tudo com a morte ou com a angústia, e a última palavra da Cruz: ‘Pai, em tuas mãos encomendo o meu espírito’. Confiar em Deus, que caminha comigo, que caminha com o meu povo, que caminha com a minha Igreja: isso é um ato de fé. Eu confio. Não sei: não sei por que isso está acontecendo, mas eu confio. Tu saberás o motivo”. O Papa, na sua homilia matutina, destacou que este é o “ensinamento de Jesus”. Quem confia no Senhor, que é Pastor, nada lhe falta. Ainda que passe pelo vale escuro “sabe que o mal é um mal do momento, mas o mal definitivo não estará porque o Senhor, ‘porque Tu estás comigo. Teu bastão e teu cajado me sustentam”. O Santo Padre sublinhou que “é uma graça”, que devemos pedir. “Senhor, ensina-me a entregar-me nas tuas mãos, a confiar na sua guia, também nos momentos difíceis, no momentos escuros, no momento da morte”. Para finalizar, Francisco garantiu que vai nos fazer bem na nossa vida, nos problemas que temos e “pedir a graça de confiar nas mãos de Deus”. E pensar – acrescentou – em tantas pessoas que nem sequer têm um último carinho na hora de morrer. A propósito o Santo Padre recordou que há três dias uma pessoa sem-teto morreu de frio na rua, perto de São Pedro. “Em plena Roma, uma cidade com todas as possibilidades para ajudar: Por que, Senhor? Nem sequer uma carícia… mas confio porque Tu não decepcionas”. Senhor – concluiu – não te entendo. Esta é uma bonita oração. Mas sem entender, confio em suas mãos.

8 virtudes de Maria – e como viver cada uma delas

1. Paciência: Nossa Senhora passou por muitos momentos estressantes de provação, de incômodo e de dor, durante toda sua vida, mas suportou tudo com paciência. Sua tolerância era admirável! Nunca se revoltou contra os acontecimentos, nem mesmo quando viu o próprio filho na Cruz! Sabia que tudo era vontade de Deus e meditava tudo isso em seu coração. Maria, nossa mãe, teve sempre paciência, sabendo aguardar em paz aquilo, que ainda não se tenha obtido, acreditando que iria conseguir, pela espera em Deus. Imitando essa virtude: Ter paciência é não perder a calma, manter a serenidade e o controlo emocional. Além disso é saber suportar, como Maria, os desabores e contrariedades do dia a dia, saber suportar com paciências nossas próprias cruzes. Devemos saber ouvir as pessoas com calma e atenção, sem pressa, exercitando assim a virtude da caridade. Fazer um esforço para nos calarmos frente aquelas situações mais irritantes e estressantes. Quando houver um momento de impaciência pode-se rezar uma oração, como por exemplo, um Pai-nosso, buscando se acalmar para depois tentar resolver o conflito. Devemos nos propor, firmemente não nos queixarmos da saúde, do calor ou do frio, do abafamento no autocarro lotado, do tempo que levamos sem comer nada… Temos que renunciar, frases típicas, que são ditas pelos impacientes: “Você sempre faz isso!”, “De novo, mulher, já é a terceira vez que você…!”, “Outra vez!”, “Já estou cansado”, “Estou farto disso!”. Fugir da ira, se calando ou rezando nesses momentos. A paciência se opõe à ira! “Não só isso, mas nos gloriamos até das tribulações. Pois sabemos que a tribulação produz a paciência, a paciência prova a fidelidade e a fidelidade, comprovada, produz a esperança.”(Rom. 5,3-4) “Eu, porém, vos digo que todo aquele que (sem motivo) se irar contra seu irmão estará sujeito a julgamento; e quem proferir um insulto a seu irmão estará sujeito a julgamento do tribunal; e quem lhe chamar: Tolo, esta­rá sujeito ao inferno de fogo.”(Mat 5,22). 2. Oração contínua: Nossa Senhora era silenciosa, estava sempre num espírito perfeito de oração. Tinha a vida mergulhada em Deus, tudo fazia em Sua presença. Mulher de oração e contemplação, sempre centrada em Deus. Buscava a solidão e o retiro pois é na solidão que Deus fala aos corações. “Eu a levarei à solidão e falarei a seu coração (Os 2, 14)” Em sua vida a oração era contínua e perseverante, meditando a Palavra de Deus em seu coração, louvando a Deus no Magnificat, pedindo em Caná, oferecendo as dores tremendas que sentiu na crucificação de Jesus, etc. Imitando essa virtude: Buscar uma vida interior na presença de Deus, um “espírito” contínuo de oração. Não se limitar somente as orações ao levar, ao se deitar e nas refeições, estender a oração para a vida, no trabalho, nos caminhos, em fim, em todas as situações, buscando a vontade de Deus em sua vidas. “Tudo quanto fizerdes, por palavra ou por obra, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai”. (Cl 3,17). e “Não vos inquieteis com nada! Em todas as circunstâncias apresentai a Deus as vossas preocupações, mediante a oração, as súplicas e a acção de graças. E a paz de Deus, que excede toda a inteligência, haverá de guardar vossos corações e vossos pensamentos, em Cristo Jesus.”(Fil 6,6-7). 3. Obediência: Maria disse seu “sim” a Deus e ao projeto da salvação, livremente, por obediência a vontade suprema de Deus. Um “sim” amoroso, numa obediência perfeita, sem negar nada, sem reservas, sem impor condições. Durante toda a vida Nossa Mãezinha foi sempre fiel ao amor de Deus e em tudo o obedeceu. Ela também respeitava e obedecia as autoridades, pois sabia que toda a autoridade vem de Deus. Imitando essa virtude: O Catecismo da Igreja Católica indica que a obediência é a livre submissão à palavra escutada, cuja verdade está garantida por Deus, que é a Verdade em si mesma. Esforcemo-nos para obedecer a requisitos ou a proibições. A subordinação da vontade a uma autoridade, o acatamento de uma instrução, o cumprimento de um pedido ou a abstenção de algo que é proibido, nos faz crescer. Rezar pelos superiores. Obedecer sempre a Deus em primeiro lugar e depois aos superiores. Obedecer a Deus é obedecer seus Mandamentos, ser dócil a Sua vontade. Também é ouvir a palavra e a colocar em prática. “Então disse Maria: Eis aqui a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo a tua palavra.” (Luc 1, 38). 4. Mãe do Supremo Amor: Nossa Mãe cheia de graça ama toda a humanidade com a totalidade do seu coração. Cheia de amor, puro e incondicional de mãe, nos ama com todo o seu coração imaculado, com toda energia de sua alma. Nada recusa, nada reclama, em tudo é a humilde serva do Pai. Viveu o amor a Deus, cumprindo perfeitamente o primeiro mandamento. Fez sempre a Vontade Divina e por amor a Deus aceitou também amar incondicionalmente os filhos que recebeu na cruz. Era cheia da virtude da caridade, amou sempre seu próximo, como quando visitou Isabel, sua prima, para a ajudar, ou nas bodas de Caná, preocupada porque não tinham mais vinho. Imitando essa virtude: Todos os homens são chamados a crescer no amor até à perfeição e inteira doação de si mesmo, conforme o plano de Deus para sua vida. Devemos buscar o verdadeiro amor em Deus, o amor ágape, que nos une a todos como irmãos. Praticar o amor ao próximo, a bondade, benevolência e compaixão. O amor é doação, assim como Maria doou sua vida e como Jesus se doou no cruz para nos salvar, também devemos nos doar ao próximo, por essa razão o amor é a essência do cristianismo e a marca de todo católico. “Por ora subsistem a fé, a esperança e o amor – estes três. Porém, o maior deles é o amor.” (I Cor. 13,13). 5. Mortificação: Maria, mulher forte que assume a dor e o sofrimento unida a Jesus e ao seu plano de salvação. Sabe sofrer por amor, sabe amar sofrendo e oferecendo dores e sacrifícios. Sabe unir-se ao plano redentor, oferecendo a Vítima e oferecendo-se com Ela. Maria empreendeu, e abraçou uma vida cheia de enormes sofrimentos, e os suportou, não só com paciência, mas com alegria sobrenatural. Nada de revolta, nada de queixas, nada de repreensões ou mau humor. Pelo contrário, dedicou-se à meditação para buscar entender o motivo que leva um Deus perfeito a permitir aqueles acontecimentos. Pela meditação, pela submissão, pela humildade, Ela encontrou a verdade. Imitando essa virtude: Muitas vezes Deus nos envia provações que não compreendemos, portanto devemos seguir o exemplo de Nossa Senhora e meditar os motivos que levam um Deus perfeito a permitir essas provações, aceitá-las e saber oferecer todas as nossas dores a Jesus em expiação dos nossos pecados, pelos pecados de todos e pelas almas, unindo nossos sofrimentos aos sofrimentos de Jesus na Cruz. Não devemos oferecer somente os grandes sofrimentos, devemos oferecer também o jejum, fugir do excesso de conforto e prazeres e, na medida do possível, oferecer alguns sacrifícios a Deus, seja no comer (renunciar de algum alimento que se tenha preferência ou simplesmente esperar alguns instantes para beber água quando se tem sede), nas diversões (televisão principalmente), nos desconfortos que a vida oferece (calor, trabalho, etc.), sabendo suportar os outros, tendo paciência em tudo. É indispensável sorrir quando se está cansado, terminar uma tarefa no horário previsto, ter presente na cabeça problemas ou necessidades daquelas pessoas que nos são caras e não só os próprios. Oferecer os sofrimentos, desconfortos da vida, jejuns e sacrifícios a Deus pela salvação das almas. “Ó vós todos, que passais pelo caminho: olhai e julgai se existe dor igual à dor que me atormenta.” (Lamentações 1,12).6. Doçura: Nossa Senhora, é a Augusta Rainha dos Anjos, portanto senhora de uma doçura angelical inigualável. Ela é a cheia de graça, pura e imaculada. Ela pode clamar as Legiões Celestes, que estão às ordens, para perseguirem e combaterem os demônios por toda a parte, precipitando-os no abismo. A Mãe de Deus é para todos os homens a doçura. Com Ela e por Ela, não temos temor. Imitando essa virtude: A doçura é uma coragem sem violência, uma força sem dureza, um amor sem cólera. A doçura é antes de tudo uma paz, a manifestação da paz que vem do Senhor. É o contrário da guerra, da crueldade, da brutalidade, da agressividade, da violência… Mesmo havendo angústia e sofrimento, pode haver doçura. “Portanto, como eleitos de Deus, santos e queridos, revesti-vos de entranhada misericórdia, de bondade, humildade, doçura, paciência.” (Col. 3,12). 7. Fé viva: Feliz porque acreditou, aderiu com seu “sim” incondicional aos planos de Deus, sem ver, sem entender, sem perceber. Nossa Senhora gerou para o mundo a salvação porque acreditou nas palavras do anjo, sua fé salvou Adão e toda a sua descendéncia. Por causa desta fé, proclamou-a Isabel bem-aventurada: “E bem-aventurada tu, que creste, porque se cumprirão as coisas que da parte do Senhor te foram ditas” (Lc 1,45). A inabalável fé de Nossa Senhora sofreu imensas provas: – A prova do invisível: Viu Jesus no estábulo de Belém e acreditou que era o Filho de Deus; – A prova do incompreensível: Viu-O nascer no tempo e acreditou que Ele é eterno; – A prova das aparências contrárias: Viu-O finalmente maltratado e crucificado e creu que Ele realmente tinha todo poder. Senhora da fé, viveu intensamente sua adesão aos planos de Deus com humildade e obediência. Imitando essa virtude: A fé é um dom de Deus e, ao mesmo tempo, uma virtude, devemos pedir a Jesus como fizeram os apóstolos para aumentar a nossa fé. Porém ter fé não é o bastante, é preciso ser coerente e viver de acordo com o que se crê. “Porque assim como sem o espírito o corpo está morto, morta é a fé, sem as obras” Tg (2,26). Ter fé é acreditar que se recebe uma graça muito antes de a possuir e é, acima de tudo, ter uma confiança inabalável em Deus! “Disse o Senhor: Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te e transplanta-te no mar, e ela vos obedecerá.” (Luc 17,6). 8. Pureza Divina: Senhora da castidade, sempre virgem, mãe puríssima, sem apego algum as coisas do mundo, Deus era o primeiro em seu coração, sempre teve o corpo, a alma, os sentidos, o coração, centrados no Senhor. O esplendor da Virgindade da Mãe de Deus, fez dela a criatura mais radiosa que se possa imaginar. O dogma de fé na Virgindade Perpétua na alma e no corpo de Maria Santíssima, envolve a concepção Virginal de Jesus por obra do Espírito Santo, assim como sua maternidade virginal. Para resgatar o mundo, Cristo tomou o corpo isento do pecado original, portanto imaculado, de Maria de Nazaré. Imitando essa virtude: Esta preciosa virtude leva o homem até o céu, pela semelhança que ela dá com os anjos, e com o próprio Jesus Cristo. Nossa Senhora disse, na aparição de Fátima, que os pecados que mais mandam almas para o inferno, são os pecados contra a pureza. Não que estes sejam os mais graves, e sim os mais frequentes. Praticar a virtude da castidade, buscando a pureza nos pensamentos, palavras e acções! Os olhos são os espelhos da alma. Quem usa seus olhos para explorar o corpo do outro com malícia perde a pureza. Portanto, coloque seus olhos em contemplação, por exemplo na Adoração, e receba a luz que santifica. Quem luta pela castidade deve buscá-la por três meios: o jejum, a fugida das ocasiões de pecado e a oração. “Celebremos, pois, a festa, não com o fermento velho nem com o fermento da malícia e da corrupção, mas com os pães não fermentados de pureza e de verdade” (I Cor.5,8). (via Veritatis)

Quem dividiu a Bíblia em capítulos e versículos?

Como foi feita a divisão da Bíblia em capítulos e versículos? Nos livros “originais” não havia separação entre as palavras, nem vogais, sem sinais de pontuação, nem títulos para ajudar a localizar as passagens bíblicas. A necessidade de dividir o texto sagrado surgiu especialmente para facilitar a leitura litúrgica. Houve diversos sistemas, tanto entre os judeus (“Sedarim”; “Perashiyyot”; “Pesuquim”) como entre os cristãos (“Cánones eusabiani”, de Eusébio de Cesareia), para dividir os textos em 1162 seções. Divisão em capítulos Estêvão Langton, arcebispo da Cantuária, que havia sido chanceler da Universidade de Paris, fez a divisão do Antigo e do Novo Testamentos em capítulos, a partir do texto latino da Vulgata de São Jerônimo, por volta do ano 1226. Da Vulgata, passou ao texto da Bíblia hebraica, ao texto grego do Novo Testamento e à versão grega do Antigo Testamento. Ele estabeleceu uma divisão em capítulos, mais ou menos iguais, muito similar à que temos em nossas Bíblias impressas. Esta divisão se tornou universal. Divisão em versículos São Pagnino (1541), judeu convertido, depois dominicano, originário de Luca (Itália), dedicou 25 anos à sua tradução da Bíblia, publicada em 1527, e foi o primeiro em dividir o texto em versículos numerados. Esta versão foi impressa em Lion. Era uma versão muito literal que constituiu um ponto de referência entre os humanistas da época, e foi reimpressa várias vezes. Roberto Estienne, prestigioso impressor, realizou a divisão atual do Novo Testamento em versículos em 1551. Em 1555, fez a edição latina de toda a Bíblia. Para os versículos do Antigo Testamento hebraico, ele utilizou a divisão feita por São Pagnino. Para os demais livros do Antigo Testamento, elaborou uma própria e utilizou para o Novo Testamento a que, poucos anos antes, ele mesmo havia realizado. O recurso de dividir o texto bíblico em capítulos e versículos numerados permite, desde então, encontrar imediatamente uma passagem, seja qual for a paginação adotada por uma edição. Esta é uma ferramenta fundamental para os pesquisadores, e para que todos possam ter uma mesma referência. Bíblia impressa com capítulos e versículos A primeira Bíblia impressa que incluiu totalmente a divisão de capítulos e versículos foi a chamada Bíblia de Genebra, publicada em 1560, na Suíça. Os editores da Bíblia de Genebra optaram pelos capítulos de Stephen Langton, e versículos de Robert Estienne, conscientes da grande utilidade que teriam para a memorização, localização e comparação de passagens bíblicas. Em 1592, o Papa Clemente VII mandou publicar uma nova versão da Bíblia em latim, para uso oficial da Igreja Católica, e nela se incluiu a divisão atual de capítulos e versículos. Assim, no final do século XVI, os judeus, protestantes e católicos haviam aceitado a divisão em capítulos introduzida por Stephen Langton, e a subdivisão em versículos introduzida por Robert Estienne. Desde então, estas divisões em capítulos e versículos ganharam aceitação como uma forma padronizada para localizar os versículos da Bíblia, e até hoje são aceitas universalmente.

sábado, 12 de março de 2016

ESPIRITUALIDADE 10 poderosas armas para lutar contra o demônio

1. Tenha uma vida espiritual ordenada Em primeiro lugar, preste atenção à sua vida de oração, que é a base da sua vida espiritual. Dedique um tempo também a ler a Bíblia. Você pode começar lendo Mateus 25, 35-40. Finalmente, dedique um tempo à Igreja, colaborando segundo suas possibilidades. 2. Rejeite radicalmente a tentação Um problema no combate espiritual é a resposta lenta e fraca à tentação. Mas, com a graça de Deus, você pode fortalecer sua vontade para rejeitar com decisão e firmeza a tentação desde o começo. Não se esqueça de evitar as ocasiões de pecado, não brinque com fogo. 3. Identifique o inimigo e peça ajuda a Deus Ao sentir uma tentação, lembre-se de que ela é obra do demônio, inimigo de Deus. E invoque o Senhor com orações breves ou jaculatórias: “Vinde, ó Deus, em meu auxílio”, “Jesus, confio em Vós” etc. 4. Combata a desolação A desolação espiritual se manifesta como escuridão diante da verdade divina, insensibilidade frente à Palavra, preguiça de fazer o bem, distanciamento do Senhor. Nesses momentos, intensifique a oração, o exame de consciência e os sacrifícios. 5. Lute contra a preguiça Realmente, mente desocupada é oficina do diabo. Se você não tem nada para fazer, o diabo lhe oferecerá muitas opções. Fique atento. 6. Use as armas de Jesus no deserto A oração fervente e prolongada, a mortificação constante (jejum) e a familiaridade com a Palavra de Deus, tanto meditando-a quanto colocando-a em prática, são armas eficazes para combater e vencer Satanás. 7. Procure um diretor espiritual O diabo gosta do que é secreto, oculto, mas conversar com um diretor espiritual sobre suas tentações ajuda a trazê-las à luz e adquirir poder sobre elas. 8. Recorra aos sacramentais O uso adequado dos sacramentais pode chegar a ser muito eficaz na luta contra o diabo, sobretudo estes três: o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, a medalha de São Bento e a água benta. 9. Invoque São Miguel Arcanjo Em nossa batalha contra Satanás, precisamos utilizar todas as armas. Deus escolheu São Miguel Arcanjo como o anjo fiel, o príncipe da milícia celestial, para mandar Lúcifer ao inferno. E esse poder continua até hoje. Invoque-o! 10. Invoque Maria Maria é a pessoa humana de quem Satanás mais tem medo, segundo relatos de inúmeros exorcistas. Qualquer forma de invocação de Maria é suficiente para afastar o inimigo. A serpente do mal pode querer nos envenenar, mas Maria tem o poder de esmagar sua cabeça. Tenha sempre Maria Santíssima ao seu lado na jornada de cada dia.

sexta-feira, 11 de março de 2016

A revolução social e política (não tão silenciosa) do Papa Francisco Existem aqueles que constroem pontes para espalhar a Misericórdia

Algo extraordinário está acontecendo e a misericórdia está se espalhando no mundo. Entre os resultados mais evidentes do pontificado do Papa Francisco está o caminho que leva à pacificação. Especialmente em um mundo onde os conflitos pareciam desembocar em uma conflagração mundial, o Papa tem desencadeado um processo eficaz de paz. Os sinais mais evidentes são o “degelo” entre Cuba e os Estados Unidos; a influência direta em toda a América Latina, especialmente na Colômbia, onde está prestes a alcançar a pacificação entre o governo e o grupo revolucionário FARC. E, não menos importante, o anúncio de paz entre Chile e Bolívia. Depois a paz com os ortodoxos. O encontro com Kirill não foi apenas a conclusão de uma aproximação entre o Papa de Roma e o Patriarca de Moscou, mas o início de um processo mundial de colaboração entre católicos e ortodoxos, entre o mundo capitalista e o mundo ex-comunista. Um passo histórico do qual não se tem ideia dos gigantescos efeitos que poderiam ter no planeta. Alguns preveem uma expansão do que há de melhor da cultura cristã, de Lisboa a Vladivostok, do Atlântico até o Pacífico, com a superação definitiva da lógica da Guerra Fria e do conflito entre comunismo e capitalismo. Neste contexto, será interessante ver o que vai emergir do Sínodo pan-ortodoxo em junho, em Creta, que terá a participação de líderes de todas as igrejas autocéfalas. Apesar dos ferimentos nas populações que fazem fronteira com a Ucrânia e a Rússia, também nesta parte da Europa oriental as Igrejas cristãs estão trabalhando para a pacificação. E é fácil ver a trégua alcançada na Síria como um efeito indireto da pacificação com a Rússia. Não só cristãos ortodoxos, o Papa também está trabalhando com judeus e muçulmanos. Após a visita à Sinagoga haverá a visita à mesquita de Roma. Sem esquecer o reinício do diálogo com a Universidade de Al Azhar, a mais prestigiosa instituição religiosa do Islã sunita, visitada recentemente por uma delegação do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-religioso, que levou a um convite ao Grade Imã para encontrar o Pontífice. Depois, há a pacificação económica. O Papa Francisco está tentando fazer uma revolução na sociedade e na economia rejeitando a “cultura do descarte”, o utilitarismo e a especulação financeira, aumentando o trabalho e a valorização de pessoas e famílias, libertando o mundo da idolatria do dinheiro que “deve servir e não governar”. O limite da concepção atual da economia é representado pela ideia de que tudo o que for bom para o indivíduo é bom para a economia; mas isso, mais que justificar um comportamento imoral, é prejudicial para a economia e gera falsa riqueza e dívida. Também a ideia de que o mercado se ajuda sozinho é falsa e justifica só o excesso os privilégios dos que estão no topo da economia. O que o Papa Francisco está tentando é, portanto, exatamente o que São Francisco e os franciscanos fizeram nos anos de 1200-1500, ou seja, transformar a pobreza em oportunidades de crescimento e o dinheiro do patrão opressivo em serviço social e civil. A ocasião propícia, considerando que, no Ano Jubilar, não só a Igreja, mas também as autoridades civis apagavam as dívidas, libertavam os escravos e devolviam as terras para aqueles que as tinham perdido. A revolução franciscana de Bergoglio destina-se a garantir que a propriedade se torne um recurso social, em vez de posse egoísta e pessoal. Uma chave de leitura para compreender os princípios que o Pontífice Argentino está indicando para superar a crise econômica e moral é o livro escrito por Oreste Bazzichi “Dall’economia civile francescana all’economia capitalistica moderna. Una via all’umano e al civile dell’economia” (Da economia civil franciscana à economia capitalista moderna. Um caminho para o humano e o civil da economia), (Armando Editore). Bazzichi, diretor da Confindustria, é professor de Filosofia social e Ética econômica na Pontifícia Faculdade Teológica São Boaventura, mais conhecida como “Seraphicum”. No livro explica como o pensamento socio-económico franciscano proponha um modelo de cooperação e de partilha entre Estado e mercado em que “os pobres são considerados um recurso ao qual dar contínuas respostas em termos de desenvolvimento e emprego”. Indicação sempre repetida pelo Santo Padre. “O capital por si só improdutivo se torna produtivo, social e humano quando encontra o investimento e o trabalho”, escreve o autor, indicando a teoria da produtividade do capital de frei Pietro de Giovanni Olivi, (1248 – 1298) como um ” ideia revolucionária para o fato de que o dinheiro não se multiplica sozinho, mas é adicionado ao processo produtivo. O livro também trata a “função ética do empresário e da empresa”, segundo o que indica São Bernardino de Siena; a redistribuição equitativa do lucro das empresas; “graças ao trabalho” livre e criativo, expressão do exercício dos próprios talentos a favor do bem comum; os recursos financeiros e sociais; a importância do humano perante o Estado; a simplificação institucional, jurídica, econômica e social como raiz da qual parte o princípio de subsidiariedade proposto desde sempre pela Doutrina Social da Igreja. É também proposto pelo Papa Francisco que se tornou testemunha e mediador dos princípios evangélicos e da misericórdia como instrumentos para realizar uma sociedade mais verdadeira, mais bela, melhor.

“O amor é dar e o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença”

Na tarde do quinto dia dos Exercícios Espirituais para o Papa e a Curia Romana o padre Ermes Ronchi propôs uma meditação partindo da pergunta do texto de S. João: “Simão, filho de João, tu amas-me?” (Jo 21, 16) A pergunta de Jesus a Simão Pedro é dirigida a cada homem e é uma questão que “abre percursos, inicia processos” – referiu o padre Ronchi que sublinhou que o amor de Deus reacende “os corações”, “a paixão”. E a fé em Deus tem três passos: preciso, confio e entrego-me. “Crer é ter uma relação com Deus” – afirmou o padre Ronchi e “a crise da fé no mundo ocidental” – explicou o pregador dos exercícios espirituais – “começa” propriamente “com a crise do ato humano de crer”. “Porque não se crê no amor.” O amor é dar e o contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença: “O contrário do amor não é o ódio, mas a indiferença que é a seiva que alimenta todo o mal, a seiva secreta do pecado. A indiferença na qual o outro para ti não existe, não conta, não vale, não é nada.” [Rádio Vaticano]

quinta-feira, 10 de março de 2016

PAPA “Aquilo que mais fere o povo cristão é o apego do clero ao dinheiro”

O Papa Francisco e seus colaboradores da Cúria Romana entraram no quarto dia de reflexões propostas pelo Padre Ermes Ronchi durante os exercícios espirituais de Quaresma, em Ariccia. “Aquilo que mais fere o povo cristão – observou Padre Ronchi – é o apego do clero ao dinheiro”, enquanto “o que faz o povo cristão feliz é o pão compartilhado”. Neste contexto, a transparência dos bens da Igreja, a luta contra à fome e contra o desperdício de alimentos foram os principais temas que conduziram a sexta meditação na manhã desta quarta-feira (09/03). “Existem pessoas tão famintas que para elas Deus não pode não ter outra forma a não ser a de um pão”. Estas foram as palavras iniciais da meditação de Padre Ronchi. A vida tem início com a fome, disse, “estar vivo é ter fome”. E se a visão se amplia, vê-se uma fome das massas, “o assédio dos pobres”, milhões de punhos cerrados que pedem algo para comer, não pedem “uma definição religiosa”. – E a Igreja, como responde? Não às cortinas de fumaça As palavras do Evangelho com as quais Padre Ronchi intercala as suas são aquelas da multiplicação dos pães e dos peixes e da pergunta de Jesus aos discípulos: “Quantos pães vocês têm? Vejam!”. Jesus, observa Padre Ronchi, “é muito prático”, pede “para fazer as contas”. “Isso é pedido a todos os discípulos também hoje, e a mim: quanto tens? Quanto dinheiro, quantas casas? Que padrão de vida? Vejam, verifiquem. Quantos carros ou quantas joias em forma de cruz e de anéis? A Igreja não deve temer a transparência, não deve ter nenhum medo da clareza sobre os seus pães e peixes, seus bens. Cinco pães e dois peixes”. Compartilhar é multiplicar “Com a transparência se é verdadeiro. E quando se é verdadeiro se é também livre”, afirma o pregador dos exercícios. Como Jesus, que “não se fez comprar por ninguém”, e “jamais entrou nos palácios dos potentes, somente quando prisioneiro”. Quando não se tem, nota Padre Ronchi, procura-se reter, como aquelas Ordens religiosas que tentam administrar os bens como se isso pudesse produzir aquela segurança corroída pela crise das vocações. Ao invés, a lógica de Jesus é aquela do dom. “Amar” no Evangelho se traduz em um verbo seco: “dar”. O milagre da multiplicação diz isto, que Jesus “não se preocupa com a quantidade” do pão, aquilo que quer é que o pão seja compartilhado: “De acordo com uma misteriosa regra divina: quando o meu pão passa a ser o nosso pão, também o pouco passa a ser suficiente. E, ao contrário, a fome começa quando restrinjo o meu pão a mim, quando o Ocidente saciado restringe seu pão, seus peixes, os seus bens para si (…) Alimentar a terra, toda a terra, é possível, há pão em abundância. Não é preciso multiplicá-lo, basta distribuí-lo, começando por nós. Não são necessárias multiplicações prodigiosas, mas derrotar a Gula do egoísmo, do desperdício de alimento e do acúmulo de poucos”. “A fome dos outros tem direitos sobre mim” “Dai e vos será dado. Uma medida boa, socada, sacudida e transbordante será colocada na dobra da vossa veste…”. Nesta promessa de Jesus está contida, reitera Padre Ronchi, “a misteriosa, imensa economia do dom e do cêntuplo, que é o diferencial de todas as balanças. Isto “me conforta – disse – porque mostra que a verdade última segue a lógica do dom, não aquela da observância”. E a “pergunta última será: doaste pouco ou doaste muito à vida”. “Disto depende a vida, não dos bens”, conclui Padre Ronchi. E são suficientes cinco pães doados para mudar o mundo: “O milagre são os cinco pães e os dois peixes que a Igreja nascente coloca nas mãos de Cristo confiando-se, sem calcular e sem reter qualquer coisa para si e para o próprio jantar. É pouco mas é tudo aquilo que tem, é pouco mas é o jantar completo dos discípulos, é uma gota no mar, mas é aquela gota que pode dar sentido e pode dar esperança à vida”. (Rádio Vaticano)

MULHER Quem são as mulheres mais virtuosas da Bíblia?

Mulheres virtuosas e exemplares, dedicadas à família e ao próximo: as Sagradas Escrituras nos mostram vários testemunhos dessas mulheres tão humanas e corajosas. No seu livro “Donne di Dio” [“Mulheres de Deus”], as escritoras italianas Antonella Anghinoni e Elide Sivieri comentam: “Na Bíblia, as mulheres jovens, solteiras ou virgens são geralmente descritas como particularmente vulneráveis. A Lei de Moisés as protege da violência, mas não de ser vendidas como escravas”. O exemplo de Sara Um exemplo de boa esposa, de acordo com as autoras do livro, é o de Sara, mulher de Abraão, que segue o marido, lhe obedece e o honra (1 Pd 3,6), lhe dá filhos e se mostra boa amiga (e mesmo boa irmã). Maria Maria, a mãe de Jesus, acrescenta a esta imagem as características de uma boa mulher, mãe dedicada e companheira de jornada do marido, tanto literal quanto figuradamente. A mulher ideal O retrato mais explícito que a Bíblia nos traça da mulher ideal é o elogio contido no livro dos Provérbios (Prv 31,10-31). Ali encontramos a mulher honrada pelo marido e pelos filhos devido à sua virtude: ela dá apoio ao marido, administra os assuntos domésticos, é uma trabalhadora incansável, é ativa nas questões econômicas, cuida das necessidades físicas da família, é solícita no ajudar a comunidade carente, é sábia nos seus ensinamentos e é temente ao Senhor. As más esposas Estas imagens bíblicas da boa esposa recebem mais ênfase, por contraste, diante das referências passageiras à esposa má, como Rebeca, a mulher de Isaac, que engana o marido, conspira contra ele e o defrauda, agindo contra a sua vontade. São apresentadas manobras subversivas típicas da pessoa frustrada e de espírito rebelde. O pior tipo de mulher é Jezabel, a esposa do rei Acabe, mulher sem escrúpulos que leva o país e o marido ao culto de deuses estrangeiros; ela é apresentada, aliás, como merecedora da sua morte violenta. Pura e fecunda Uma vez que a mulher é aquela que educa a prole, e na prole consiste, para os judeus, grande parte da promessa de imortalidade, a mulher é amada acima de tudo pela sua pureza e fertilidade. A maior maldição que ela pode conhecer é a de um ventre estéril. Seus filhos deveriam ser-lhe arrimo na velhice; sem descendência, ela se expõe a uma velhice infeliz (Noemi, a viúva que tinha perdido os filhos, se considerava por isso “amargurada”). As mais virtuosas Dado que as mulheres nos tempos bíblicos eram subordinadas aos homens no campo do poder e na dependência econômica, os retratos mais fortes das mulheres são os que mostram uma coragem incomum para ir além dos papéis convencionais. Os modelos de coragem incluem Joquebede (mãe de Moisés), a profetisa Débora, Jael (a mulher do sogro de Moisés), Ruth (progenitora de Davi), Ester, Abigail (esposa de Davi) e Maria , a mãe de Jesus. Vítimas do agir dos homens As estruturas sociais produziram o arquétipo da mulher infeliz, vítima do machismo. Considere-se o uso de Sara como escudo para proteger a vida de Abraão como andarilho em reinos estrangeiros; a concubina do levita estuprada até a morte (Juízes 19,22 a 30); a provação sofrida por Ana como esposa estéril (1 Samuel 1); a filha de Jefté forçada ao sacrifício por causa do voto de seu pai (Juízes 11). Bela porque boa Quando se consideram as imagens bíblicas da mulher e do homem, é constante a necessidade de recordar que as condições supremas de valor espiritual são as mesmas, independentemente do sexo de cada um. A mulher virtuosa, qualquer que seja a sua beleza e o seu papel feminino, é virtuosa principalmente porque é boa. Os escritores humanos da Bíblia alertam assim contra o uso da beleza exterior como critério para determinar o valor feminino (Prv 31,30; 1 Pd 3,3) e louvam como verdadeiro modelo “a mulher temente ao Senhor” e a “de alma incorruptível, cheia de doçura e de paz: eis o que é precioso perante Deus”.

segunda-feira, 7 de março de 2016

Uma proposta ousada de misericórdia

Atendendo ao forte apelo do Santo Padre, o Papa Francisco, resolvemos aderir ao seu pedido, promovendo uma semana intensiva de oração em âmbito nacional. Convocamos cada estado da federação brasileira a entrar nessa maratona de oração, cada qual rezando num turno ao longo do dia e da noite. Formaremos assim uma verdadeira aliança de fé e compromisso para com a Misericórdia Divina. Este Cerco da Misericórdia pretende ser uma semana de oração, não só de adoração, como também de intercessão, em caráter pessoal, ou comunitário, de modo a prepararmo-nos para o grande dia em que o Papa Francisco fará à Abertura da Porta Santa e do Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, ou seja, no dia 8 de dezembro de 2015, Festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Assim sendo, convocamos a todos os cristãos a entrar nessa grande aventura de amor, em solidariedade ao Papa e a toda a Igreja, para assim imbuirmo-nos do espírito da Bem Aventurança da Misericórdia: “Sede misericordiosos como o vosso Pai é misericordioso” (Lc 6, 36), e em obediência ao clamor do Espírito Santo: ABRAM AS PORTAS A JESUS MISERICORIDA. Serão sete dias e sete noites de oração sem interrupção, intercedendo pelo Brasil e pela Paz do Mundo. Divulguemos este Cerco da Misericórdia através dos meios de comunicação e das redes sociais. E mobilizemo-nos incentivando as paróquias, comunidades, comunidades de vida e aliança, grupos, pastorais, movimentos, equipes, famílias, escolas, e a todos quantos queiram entrar neste Cerco da Misericórdia, como preparação ao Ano Santo. No sentido de facilitar e contribuir para os turnos de oração, informamos que os interessados poderão adquirir o livro do Cerco da Misericórdia que se encontra nas livrarias católicas. A Porta da Misericórdia é um sacramento, que qualquer pessoa que por ela entrar fará a experiência do amor de Deus, que consola, perdoa e dá esperança para uma vida uma vida nova em Cristo Jesus. A Igreja tem a missão de anunciar a misericórdia de Deus num mundo que se encontra mergulhado num lamaçal de descrenças e desesperanças. Um mundo ferido pelo pecado das idolatrias e do fanatismo do poder. As atrocidades e barbáries que estão se disseminando contra o ser humano só pode ser coisa do ataque da fúria de Satanás, que está sempre procurando um jeito de abalar as estruturas da Igreja e impedir que ela avance no processo da evangelização e que se construa a civilização do Amor, tão sonhada e desejada por Deus Pai e por Seu Amado Filho, Jesus Cristo. Agora chegou a hora e a vez da Misericórdia. Cristãos, unamo-nos com todos os homens e mulheres de boa vontade, num grande exercito em defesa da vida em todas as suas dimensões e avancemos aclamando e invocando o nome de Jesus Misericórdia sobre o mundo e a humanidade. Somente a Misericórdia Divina é capaz de transformar os corações dos governantes e dos homens e mulheres que detêm o poder mundial. E de fazer com que eles se convertam frente à dor e ao sofrimento dos inocentes e assim se deixem mover e comover pelo grito de misericórdia. Não existe nada que impeça, dificulte ou atrapalhe a ação misericordiosa do Deus Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo. Rezemos, pois, pela erradicação total de qualquer forma de violência, discriminação e fanatismo político e religioso. Que as forças da vida imperem! Que a Igreja se faça voz de cada homem e mulher e repita com confiança e sem cessar: “Lembra-te, Senhor, da tua misericórdia e do teu amor, pois eles existem desde sempre.” ( Salmo 24,6). [Artigo enviado a ZENIT pelo Pe. Luiz Roberto Teixeira Di Lascio, E-mail: padredilascio@uol.com.br, Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Pompéia, da Arquidiocese de Campinas (SP)]

EUA: um juiz defende o segredo da confissão

Na diocese de Baton Rouge, no Estado norte-americano da Luisiana, os sacerdotes católicos poderão continuar garantindo o segredo da confissão – e os fiéis que procuram o sacramento da penitência continuarão tendo a certeza de que o que disserem a Deus através do sacerdote não poderá ser usado contra eles como prova em processos judiciais. O juiz Mike Caldwell determinou na semana passada que a obrigação dos sacerdotes de denunciar casos de abusos conhecidos através da confissão é inconstitucional “por violar a liberdade religiosa” e, portanto, não pode ser aplicada. A decisão representou um triunfo no longo processo judicial aberto em 2008 contra o padre Jeff Bayhi, que se negou a quebrar o segredo de confissão perante a justiça humana. Doutrina fundamental A diocese de Baton Rouge tinha declarado de modo oficial que rejeitava enfaticamente a suposta obrigação dos sacerdotes de testemunharem para esclarecer casos criminais, como a Suprema Corte de Luisiana defendia. O que se solicitava do presbítero era nada menos que revelar o conteúdo da confissão sacramental de uma pessoa envolvida em um caso de abuso. “Uma doutrina fundamental da Igreja Católica Romana ordena que o segredo de confissão é absoluto e inviolável”, reiterou a diocese como resposta oficial às pressões legais contra o padre. Em virtude deste grave compromisso, “todo sacerdote é obrigado a jamais romper este sigilo. Ao sacerdote não é permitido sequer confirmar que alguém se confessou com ele”, acrescenta o comunicado diocesano. O padre Jeff Bayhi, que exerce o seu apostolado naquela diocese, se absteve de falar durante o processo de uma jovem que teria revelado, em confissão sacramental, detalhes sobre um delito cometido contra ela. Inviolável “Se necessário, o sacerdote deveria sofrer um processo civil e mesmo a pena de prisão, mas nunca violar o seu dever sagrado, o segredo da confissão e o compromisso para com o penitente”, afirmou a diocese de Baton Rouge, acrescentando: “Esta não é nenhuma ‘área cinzenta’ na Doutrina da Igreja Católica Romana. Todo sacerdote confessor que viola o sigilo da confissão incorre em excomunhão imediata, cujo perdão é reservado à Sé Apostólica na Cidade do Vaticano”. Após a decisão da Corte de Luisiana de defender o direito ao livre exercício da religião, o bispo de Baton Rouge, dom Robert Muench, disse em declaração oficial que “esta sentença é essencial”. O padre Bayhi comentou: “Estamos felizes de que a corte defenda as liberdades religiosas”.

O grande paradoxo: índice de suicídios é maior nos países considerados “mais felizes”

O suicídio é a primeira causa de morte não natural em vários dos países mais desenvolvidos do mundo. Nos Estados Unidos, por exemplo, são registradas por ano mais suicídios do que mortes por acidentes de trânsito. O risco de suicídio no mundo é três vezes maior entre os homens do que entre as mulheres. No tocante aos mais jovens, o suicídio é a segunda causa principal de morte no grupo de 15 a 29 anos de idade, segundo os dados do estudo “Prevenção do suicídio: um imperativo global”, divulgado em 2014 pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Como cruciais para a prevenção, os especialistas ressaltam as redes familiares fortes e a capacidade de assimilar a frustração. Mais suicídios nos países ditos “mais felizes” Uma das questões que mais chamam a atenção em se tratando de suicídio é o paradoxo de que as maiores taxas de suicídio são registradas nos países considerados “mais felizes”. Estes dados já são enfatizados no estudo “Dark Contrasts: The Paradox of High Rates of Suicide in Happy Places” (“Contrastes obscuros: o paradoxo dos altos índices de suicídio em lugares felizes”), de 2011, elaborado conjuntamente por pesquisadores da britânica Universidade de Warwick e pelos norte-americanos Hamilton College e Universidade de São Francisco. Os cientistas responsáveis pelo estudo pretendiam documentar e analisar as causas desta paradoxal relação entre felicidade e suicídio, entendendo por “felicidade” um conjunto de aspectos de natureza material, como ter dinheiro suficiente, boa moradia, comida, roupa, carro e lazer, além de uma vida saudável, livre de privações e com autonomia para cuidar de si próprio. O estudo levou em consideração as primeiras posições na lista dos países considerados pela revista Forbes como os “mais felizes do mundo”, bem como os seus índices de suicídio. Os 10 países, no ano do estudo, eram, por ordem de primeiro a décimo, a Noruega, a Dinamarca, a Finlândia, a Austrália, a Nova Zelândia, a Suécia, o Canadá, a Suíça, os Países Baixos e os Estados Unidos. Por sua vez, esta lista se baseava no chamado “Índice de Prosperidade”, elaborado pelo Instituto Legatum, de Londres, que classifica 110 países. As conclusões do estudo indicaram que os países mais destacados na “lista da prosperidade” eram, ao mesmo tempo, os que apresentavam os índices mais altos de suicídio. As causas do paradoxo Os autores da pesquisa observam que o paradoxo tem a ver com uma comparação entre o nível de felicidade dos suicidas e o nível de felicidade dos outros: a felicidade alheia seria um fator de risco para as pessoas de baixa autoestima, descontentes por viver em lugares onde o resto dos indivíduos demonstra mais felicidade do que elas. “As pessoas descontentes podem se sentir particularmente cansadas da vida em lugares felizes. Esses contrastes podem aumentar o risco de suicídio”, diz o professor Andrew Oswald, da Universidade de Warwick e responsável pelo estudo. “Sendo os seres humanos expostos às mudanças de humor, as comparações com os outros podem tornar mais tolerável a nossa existência num ambiente em que os outros são completamente infelizes”. Tais conclusões questionam outras que, até então, atribuíam o índice de suicídios em países nórdicos às características particulares do próprio país, como as escassas horas de luz solar no inverno. Eram também apontadas diferenças culturais e atitudes sociais em relação com a felicidade e com o modo de conceber a vida. Para Stephen Wu, do Hamilton College, “os resultados são coerentes com os de outra pesquisa segundo a qual as pessoas avaliam o próprio bem-estar a partir de comparações com as pessoas que as rodeiam. Essas comparações também acontecem com renda, desemprego, delinquência e obesidade”. O contraste entre o Havaí e Nova Iorque Os pesquisadores sugerem no estudo que as cidades com mais gente satisfeita tendem a ter maiores índices de suicídio do que aquelas com níveis de satisfação médio-baixos em termos de qualidade de vida. Um exemplo é o contraste entre o Havaí e Nova Iorque. Segundo os seus dados, o Havaí é o segundo estado norte-americano com o nível de felicidade mais alto entre os habitantes, mas o quinto, de um total de 50 Estados, em número de suicídios. Já Nova Iorque está na 45ª posição entre os Estados com maior satisfação de vida, mas registra a segunda menor taxa de suicídio do país, logo atrás do Distrito de Colúmbia. Como conclusão, os autores do estudo indicam que “os seres humanos podem construir suas normas mediante a observação do comportamento e dos resultados atingidos por outras pessoas e tendem a julgar a própria situação com menos dureza quando veem outras pessoas com resultados similares aos seus”. A altitude geográfica, outro fator de risco Outra análise sobre mortalidade, realizada em 2.584 condados dos Estados Unidos e baseada em dados reunidos durante vinte anos por especialistas de diversos centros médicos do país, revelou que viver em altitudes maiores pode ser um fator de risco de suicídio. Segundo os autores deste estudo, ainda é desconhecido o motivo dos índices maiores de suicídio entre as pessoas que vivem em regiões de maior altitude.

domingo, 6 de março de 2016

Papa no Ângelus: Deus nos fez o grande dom da liberdade

Queridos irmãos e irmãs, bom dia! No décimo quinto capítulo do Evangelho de Lucas, encontramos as três parábolas da misericórdia: a da ovelha perdida (vv. 4-7), a da moeda reencontrada (vv 8-10.), e a grande parábola do filho pródigo, ou melhor, do pai misericordioso (vv. 11-32). Hoje, seria bom que cada um de nós pegasse o Evangelho, este capítulo XV do Evangelho de Lucas, e lesse as três parábolas. Dentro do itinerário quaresmal, o Evangelho apresenta-nos esta última parábola do Pai misericordioso, que tem como protagonista um pai com os seus dois filhos. A narração nos apresenta algumas características desse pai: é um homem sempre pronto a perdoar e que espera contra toda esperança. Impressiona, principalmente, a sua tolerância perante a decisão do filho mais jovem de sair de casa: poderia ter se oposto, sabendo a sua imaturidade, um jovem moço, ou procurar algum advogado para não dar-lhe a herança, estando ainda vivo. Mas, pelo contrário permite-lhe partir, ainda prevendo os possíveis riscos. Assim atua Deus conosco: nos deixa livres, também para errar, porque criando-nos nos deu o grande dom da liberdade. Depende de nós fazer um bom uso. Este dom da liberdade que Deus nos dá sempre me admira! Mas a separação daquele seu filho é só física; o pai o leva sempre no coração; espera confiante o seu retorno; procura pelo caminho na esperança de vê-lo. E um dia o vê aparecer no horizonte (cf. v. 20). Mas isso significa que esse pai, a cada dia, subia no telhado para ver se o filho voltava! Portanto, se comove ao vê-lo, corre ao seu encontro, o abraça, o beija. Quanta ternura! E este filho tinha errado feio. Mas o pai o acolhia assim mesmo. A mesma atitude o pai também tem com o filho maior, que sempre permaneceu em casa, e agora, está indignado e protesta porque não entende e não compartilha toda aquela bondade com o irmão que tinha errado. O pai sai ao encontro também deste filho e lhe recorda que eles sempre estiveram juntos, compartilhando tudo (v. 31), mas é preciso acolher com alegria o irmão que finalmente voltou para casa. E isso me faz pensar uma coisa: quando alguém se sente um pecador, se sente realmente pequeno, ou, como ouvi alguém dizer – muitos – : “Pai, eu sou uma sujeira!”, então é o momento de ir ao Pai. Pelo contrário quando alguém se sente justo – “Sempre fiz as coisas bem…” – igualmente o Pai vem procurar-nos porque aquela atitude de sentir-se justo é uma atitude má: é a soberba! Vem do diabo. O Pai espera aqueles que se reconhecem pecadores e vai procurar aqueles que se sentem justos. Esse é o nosso Pai! Nesta parábola também é possível vislumbrar um terceiro filho. Um terceiro filho? E onde? Está escondido! E aquele que “não considera um privilégio ser como [o Pai], mas esvaziou a si mesmo, assumindo uma condição de servo” (Fl 2,6-7). Este Filho-Servo é Jesus! É “a extensão dos braços e do coração do Pai: Ele acolheu o pródigo e lavou os seus pés sujos; Ele preparou o banquete para a festa do perdão. Ele, Jesus, nos ensina a ser “misericordiosos como o Pai”. A figura do pai da parábola revela o coração de Deus. Ele é o Pai Misericordioso que em Jesus nos ama além de qualquer medida, sempre aguarda a nossa conversão toda vez que erramos; espera muito o nosso retorno quando nos distanciamos Dele pensando que podemos sem Ele; está sempre pronto para abrir-nos os seus braços independente do que aconteça. Como o pai do Evangelho, também Deus continua a considerar-nos os seus filhos quando voltamos a Ele. E nos fala com tanta bondade quando nós achamos que somos justos. Os erros que cometemos, embora sendo grandes, nem sequer arranham a fidelidade do seu amor. No sacramento da Reconciliação podemos sempre de novo recomeçar: Ele nos acolhe, nos restitui a dignidade de filhos seus e nos diz: “Siga adiante! Esteja em paz! Levante, diga em frente!” Neste momento da Quaresma que ainda nos separa da Páscoa, somos chamados a intensificar o caminho interior de conversão. Deixemo-nos alcançar pelo olhar cheio de amor do nosso Pai, e voltemos a Ele com todo o coração, rejeitando qualquer pacto com o pecado. A Virgem Maria nos acompanhe até o abraço regenerador com a Divina Misericórdia. *** Depois do Angelus Queridos irmãos e irmãs, Expresso a minha proximidade com as Missionárias da Caridade, pela grande perda que as atingiu dois dias atrás com o assassinato de quatro Religiosas em Aden, no Iemen, onde atendiam os anciãos. Rezo por elas e pelas outras pessoas assassinadas no ataque, e pelos familiares. Estes são os mártires de hoje! Não são capas de jornais, não são notícias: estes dão o seu sangue pela Igreja. Essas pessoas são vítimas do ataque daqueles que as mataram e também da indiferença, desta globalização da indiferença, que não se importa… Que Madre Teresa acompanhe no paraíso estas suas filhas mártires da caridade, e interceda pela paz e o sacro respeito pela vida humana. Como um sinal concreto de compromisso com a paz e a vida gostaria de citar e expressar admiração pela iniciativa dos corredores humanitários para os refugiados, começada ultimamente na Itália. Este projeto piloto, que une a solidariedade e a segurança, permite ajudar pessoas que fogem da guerra e da violência, como as centenas de refugiados já transferidos para a Itália, entre os quais crianças doentes, pessoas deficientes, viúvas de guerra, com filhos e anciãos. Lembro-me também porque esta iniciativa é ecumênica, recebendo apoio da Comunidade de Santo Egídio, Federação das Igrejas Evangélicas Italianas, Igrejas Valdeses e Metodistas. Saúdo todos vós, peregrinos vindos da Itália e de tantos países, em particular os fiéis da Missão Católica de Hagen (Alemanha), bem como aqueles de Timisoara (Roménia), Valencia (Espanha) e da Dinamarca. Saúdo os grupos paroquiais de Taranto, Avellino, Dobbiaco, Fane (Verona) e Roma; os meninos de Milão, Alemnno São Salvatore, Verdellino-Zingonia, Latiano e os jovens de vigonovo; as Escolas “Dom Carlo Costamagna” de Busto Arsizio e “Imaculada” de Soresina; os grupos de oração “Santa Maria degli Angeli e da esperança”; a Confederação Nacional dos Ex-alunos de escolas católicas. Peço, por favor, uma lembrança na oração por mim e pelos meus colaboradores, que a partir da noite de hoje até sexta-feira, faremos os Exercícios Espirituais. Desejo a todos um bom domingo. Bom almoço e até mais!