terça-feira, 31 de maio de 2016

Papa Francisco: é feio ver cristãos com a cara virada O cristão ajuda sempre com alegria, sem fazer 'cara feia', afirmou hoje o Papa

Se aprendêssemos a servir e fôssemos ao encontro dos outros, como mudaria o mundo. Foi a consideração com a qual o Papa Francisco concluiu a homilia da missa da manhã, celebrada na Casa Santa Marta, nesta terça-feira (31/05). Francisco dedicou sua reflexão a Nossa Senhora, no dia que se encerra o mês mariano. “Serviço e encontro fazem sentir uma alegria que preenche nossas vidas”, disse o Papa. Coragem feminina, capacidade de ir ao encontro dos outros, estender a mão para uma ajuda, solicitude. E, principalmente, alegria, daquelas que enchem o coração e dão à vida um novo sentido e uma nova direção. Estes foram os tópicos extraídos por Francisco do Evangelho do dia, que narra a visita de Maria a Santa Isabel. Este trecho, junto com as palavras do Profeta Sofonias na Primeira leitura e de São Paulo, na Segunda, delineia uma liturgia “cheia de alegria” e chega como “um vento novo” que preenche nossas vidas. Alegria e cara virada “É feio ver cristãos com a cara virada, cristãos tristes, é feio, feio, feio… Não são plenamente cristãos. Acreditam que são, mas não o são totalmente. Esta é a mensagem cristã. E nesta atmosfera de alegria que a liturgia nos dá de presente, gostaria de ressaltar apenas duas coisas: primeiro, um comportamento; segundo, um fato. O comportamento é o serviço”. As mulheres: coragem da Igreja O serviço de Maria é realizado sem incertezas, observou o Papa. Maria, afirma o Evangelho, “se dirigiu apressadamente”, embora estivesse grávida e arriscasse se deparar com malfeitores no decorrer da estrada. “Esta jovem de 16 ou 17 anos, não mais”, acrescentou Francisco, “era corajosa. Levanta-se e vai”, sem desculpas: “Coragem de mulher. As mulheres corajosas que existem na Igreja são como Nossa Senhora. Essas mulheres que levam avante a família, essas mulheres que levam avante a educação dos filhos, que enfrentam tantas adversidades, tanta dor, que curam os doentes… Corajosas: levantam-se e servem, servem. O serviço é sinal cristão. Quem não vive para servir, não serve para viver. Serviço na alegria, esta é a atitude que gostaria de destacar hoje. Há alegria e também serviço. Sempre para servir”. O encontro é um sinal cristão O segundo ponto sobre o qual o Papa se detém é o encontro entre Maria e sua prima. “Essas duas mulheres – evidenciou – se encontram, e se encontram com alegria”, aquele momento é “só festa”. Se “nós aprendêssemos isso, serviço e ir ao encontro dos outros, concluiu Francisco, “como o mundo mudaria”: “O encontro é outro sinal cristão. Uma pessoa que se diz cristã e não é capaz de ir ao encontro dos outros, de encontrar os outros, não é totalmente cristã. Seja o serviço, seja o encontro, requerem sair de si mesmos: sair para servir e sair para encontrar, para abraçar outra pessoa. É com este serviço de Maria, com este encontro que se renova a promessa do Senhor, se atua no presente, naquele presente. E propriamente o Senhor – como ouvimos na primeira Leitura: ‘O Senhor, teu Deus, está no meio de ti” – o Senhor está no serviço, o Senhor está no encontro”. (Rádio Vaticano)

Piedade! Misericórdia! Rogai por nós, Santa Mãe de Deus!

Pai nosso, que estais nos céus, santificado seja o vosso nome. Venha a nós o vosso Reino. Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu. O pão nosso de cada dia nos dai hoje. Perdoai-nos as nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido. E não nos deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal. * * * Ave, Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco! Bendita sois vós entre as mulheres e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus. Santa Maria, Mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém. * * * Senhor, tende piedade de nós. Cristo, tende piedade de nós. * * * Rogai por nós, Santa Mãe de Deus, para que sejamos dignos das promessas de Cristo.

domingo, 29 de maio de 2016

Estando o rei para morrer, corroído de vermes, chamou o filho e disse… "Príncipe, vê como se morre, e aonde vêm a parar as grandezas do mundo"

O rei de Espanha, estando para morrer, mandou chamar o filho e, entreabrindo as vestes reais, mostrou-lhe o peito roído de vermes, dizendo: – Príncipe, vê como se morre, e aonde vêm a parar as grandezas do mundo. Depois exclamou: – Quem me dera ter sido simples frade de qualquer ordem e não monarca! Ao mesmo tempo, mandou lançar ao pescoço uma corda da qual pendia uma cruz de madeira, e, tendo disposto tudo para a morte, acrescentou: – Meu filho, quis que estivesses presente a este ato para veres bem como na morte o mundo trata os próprios reis. Quem tiver vivido melhor, achará lugar melhor junto de Deus. Esse filho, depois Felipe II, quando, por sua vez, estava para morrer na idade de 23 anos, disse: – Meus vassalos, não faleis no meu elogio fúnebre senão no que estais vendo agora. Dizei que na morte de nada serve ser rei, senão para sentir maior tormento de o haver sido. Em seguida, exclamou: – Prouvera a Deus que nunca tivesse sido rei e tivesse vivido num deserto no serviço de Deus! Poderia apresentar-me agora com mais confiança ao seu tribunal e não correria tamanho risco de me condenar. De que servem, porém, tais desejos na hora da morte senão para maior mágoa e desespero do que não amou a Deus durante a vida? Com razão dizia Santa Teresa: Não se deve fazer caso das coisas que acabam com a vida; a verdadeira vida consiste em viver de tal modo que não se tenha de recear a morte. Se desejamos ver o que valem os bens da terra, consideremo-los com os olhos fitos na morte e digamos: as honras, as dignidades, os prazeres, as riquezas acabarão um dia: assim atendamos em nos fazer santos e ricos daqueles bens que nos acompanharão para a eternidade e nos tornarão contentes para sempre. Ah, meu Redentor, padecestes tantos sofrimentos e ignomínias por meu amor, e eu amei tanto os prazeres e bens passageiros deste mundo que, por causa deles, cheguei a calcar aos pés a vossa graça. Mas se Vós, quando eu Vos desprezava, não deixastes de me procurar, não posso temer, ó meu Jesus, que me rejeiteis agora que Vos procuro e Vos amo de todo o coração e me arrependo mais de Vos ter ofendido que se tivesse sofrido qualquer outra desgraça. _________________ Santo Afonso Maria de Ligório – Extraído de Meditações, Para todos os Dias e Festas do Ano, Tomo II

Papa: Eucaristia, centro e forma da vida da Igreja Francisco fala do testemunho mais antigo que temos das palavras de Cristo na Última Ceia

O primeiro dos três momentos presididos pelo Papa na Solenidade de Corpus Christi foi a Santa Missa na Catedral de Roma, a Basílica de São João de Latrão. Na breve homilia, Francisco recordou a instituição da Eucaristia, o “partir” do pão que se tornou o sinal mais evidente da comunidade cristã, além da força do “amor do Senhor ressuscitado” que vem da Eucaristia. Abaixo, a íntegra da homilia do Papa *** “Fazei isto em memória de Mim” (1 Cor 11, 24.25). Esta ordem de Jesus é citada duas vezes pelo apóstolo Paulo, quando narra à comunidade de Corinto a instituição da Eucaristia. É o testemunho mais antigo que temos das palavras de Cristo na Última Ceia. “Fazei isto” ou seja, tomai o pão, dai graças e parti-o; tomai o cálice, dai graças e distribuí-o. Jesus ordena que se repita o gesto com que instituiu o memorial da sua Páscoa, pelo qual nos deu o seu Corpo e o seu Sangue. E este gesto chegou até nós: é o “fazer” a Eucaristia, que tem sempre Jesus como sujeito, mas atua-se por meio das nossas pobres mãos ungidas de Espírito Santo. “Fazei isto”. Já antes Jesus pedira aos seus discípulos para “fazerem” algo que Ele, em obediência à vontade do Pai, tinha já decidido no seu íntimo realizar; acabamos de ouvir isso no Evangelho. À vista das multidões cansadas e famintas, Jesus diz aos discípulos: “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Lc 9, 13). Na realidade, é Jesus que abençoa e parte os pães até saciar toda aquela multidão, mas os cinco pães e os dois peixes são oferecidos pelos discípulos, e era isto o que Jesus queria: que eles, em vez de mandar embora a multidão, colocassem à disposição o pouco que tinham. E, depois, há outro gesto: os pedaços de pão, partidos pelas mãos santas e veneráveis do Senhor, passam para as pobres mãos dos discípulos, que os distribuem às pessoas. Também isto é “fazer” com Jesus, é “dar de comer” juntamente com Ele. Evidentemente, este milagre não pretende apenas saciar a fome de um dia, mas é sinal daquilo que Cristo pretende realizar pela salvação de toda a humanidade, dando a sua carne e o seu sangue (cf. Jo 6, 48-58). E, no entanto, é preciso viver sempre estes dois pequenos gestos: oferecer os poucos pães e peixes que temos; receber o pão partido das mãos de Jesus e distribuí-lo a todos. “Partir”: esta é a outra palavra que explica o significado da frase “fazei isto em memória de Mim”. O próprio Jesus Se repartiu, e reparte, por nós. E pede que façamos dom de nós mesmos, que nos repartamos pelos outros. Foi precisamente este “partir o pão” que se tornou ícone, sinal de reconhecimento de Cristo e dos cristãos. Lembremo-nos de Emaús: reconheceram-No “ao partir o pão” (Lc 24, 35). Recordemos a primeira comunidade de Jerusalém: “Eram assíduos (…) à fração do pão” (At 2, 42). É a Eucaristia que se torna, desde o início, o centro e a forma da vida da Igreja. Mas pensemos também em todos os santos e santas – famosos ou anônimos – que se “repartiram” a si mesmos, a própria vida, para “dar de comer” aos irmãos. Quantas mães, quantos pais, juntamente com o pão quotidiano cortado sobre a mesa de casa, repartiram o seu coração para fazer crescer os filhos, e fazê-los crescer bem! Quantos cristãos, como cidadãos responsáveis, repartiram a própria vida para defender a dignidade de todos, especialmente dos mais pobres, marginalizados e discriminados! Onde eles encontram a força para fazer tudo isto? Precisamente na Eucaristia: na força do amor do Senhor ressuscitado, que também hoje parte o pão para nós e repete: “Fazei isto em memória de Mim”. Possa o gesto da Procissão Eucarística, que em breve realizaremos, ser também resposta a esta ordem de Jesus. Um gesto para fazer memória d’Ele; um gesto para dar de comer à multidão de hoje; um gesto para repartir a nossa fé e a nossa vida como sinal do amor de Cristo por esta cidade e pelo mundo inteiro. (Rádio Vaticano)

terça-feira, 24 de maio de 2016

Papa Francisco: “se você for capaz de não falar mal do outro, está no bom caminho para se tornar santo”

Francisco comentou, na homilia na capela da casa Santa Marta, desta terça-feira, 24, o trecho litúrgico extraído da Primeira Carta de Pedro, definindo-a como um ‘pequeno tratado sobre a santidade’. Esta é, antes de tudo, “caminhar de modo irrepreensível diante de Deus”: “Este ‘caminhar’: a santidade é um caminho, a santidade não se compra e nem se vende. Nem se pode presentear. A santidade é um caminho na presença de Deus, que eu devo fazer: ninguém o faz em meu nome. Posso rezar para que o outro seja santo, mas é ele que deve fazer o caminho, não eu. Caminhar na presença de Deus, de modo irrepreensível. Usarei hoje algumas palavras que nos ensinam como é a santidade de todo dia, a santidade – digamos – anônima. Primeira: coragem. O caminho rumo à santidade requer coragem”. “O Reino dos Céus de Jesus”, repetiu o Papa, é para “aqueles que têm a coragem de seguir em frente” e a coragem, observou, é movida pela “esperança”, a segunda palavra da viagem que leva à santidade. A coragem que espera “num encontro com Jesus”. Depois, há o terceiro elemento, quando Pedro escreve: “colocai toda a vossa esperança na graça”: “A santidade não podemos fazê-la sozinhos. Não, é uma graça. Ser bom, ser santo, avançar a cada dia um passo na vida cristã é uma graça de Deus e devemos pedi-la. Coragem, um caminho. Um caminho que se deve fazer com coragem, com a esperança e com a disponibilidade de receber esta graça. E a esperança: a esperança do caminho. É tão bonito o XI capítulo da Carta aos Hebreus, leiam. Fala do caminho dos nossos pais, dos primeiros que foram chamados por Deus. E como eles foram avante. E do nosso pai Abraão diz: ‘Ele saiu sem saber para onde ia’. Mas com esperança”. Francisco prosseguiu: na sua carta, Pedro destaca a importância de um quarto elemento. Quando convida os seus interlocutores a não se conformarem “aos desejos de uma época”, os impulsiona essencialmente a mudar a partir de dentro do próprio coração, num contínuo e cotidiano trabalho interior: “A conversão, todos os dias: ‘Ah, Padre, para me converter devo fazer penitência, me dar umas pauladas…’. ‘Não, não, não: conversões pequenas. Mas se você for capaz de não falar mal do outro, está no bom caminho para se tornar santo’. É tão simples! Eu sei que vocês nunca falam mal dos outros, não? Pequenas coisas… Tenho vontade de criticar o vizinho, meu colega de trabalho: morder um pouco a língua. Vai ficar um pouco inchada, mas o espírito de vocês será mais santo nesta estrada. Nada de grandes mortificações: não, é simples. O caminho da santidade é simples. Não voltar para trás, mas ir sempre avante, não? E com força”. (Com informações Rádio Vaticano)

Pentecostes passou em branco? Bom… Então comece hoje! Chega de enrolação: deixe o Espírito Santo agir hoje! O Papa Francisco nos explica como

O Pentecostes vai “ficando para trás” e aumenta o risco de voltarmos à rotina, como se esta fosse apenas mais uma segunda-feira e como se o Pentecostes tivesse sido só mais uma simples lembrança litúrgica, agora já “atrasada”, entre tantas outras que deixamos passar sem maior impacto (como a Ascensão…). Mas a vinda do Espírito Santo é tudo menos “uma coisa qualquer”. Para refletirmos e nos abrirmos ao impulso do Espírito Santo, propomos reler a mensagem que o Papa Francisco nos enviou no ângelus do dia 1º de janeiro de 2014, início de ano, Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus e 47ª Jornada Mundial da Paz. Inspiradoramente, ele ligou a essa data o Espírito Santo. “Caros irmãos e irmãs, no início do novo ano a todos dirijo os mais cordiais votos de paz e de todos os bens. A todos faço votos de um ano de paz, na graça do Senhor e com a proteção materna de Maria”. Dirigindo-se à multidão na Praça de São Pedro, o Santo Padre observou que os seus votos de ano novo eram os votos da Igreja: votos cristãos, portanto, e não ligados a um “sentimento um tanto mágico e fatalista de um novo ciclo que agora se inicia”. Disse ele: “Nós sabemos que a história tem um centro: Jesus Cristo, encarnado, morto e ressuscitado; tem um fim: o Reino de Deus, Reino de paz, de justiça, de liberdade, de amor; e tem uma força que a move em direção àquele fim: o Espírito Santo”. Francisco explicou que o Espírito Santo é a potência de amor que fecundou o ventre da Virgem Maria e que anima, também hoje, os projetos e as obras de todos os construtores de paz. “Duas estradas se entrecruzam hoje: a festa de Maria Santíssima Mãe de Deus e o Dia Mundial da Paz”, ressaltou o Papa. Sobre o Dia Mundial da Paz, o Santo Padre recordou o tema daquele ano: “Fraternidade: fundamento e caminho para a paz”; um tema que nunca deixará de ser atual, já que é a própria “fórmula” da paz: reconhecer-nos como irmãos. Irmãos como? O papa responde: “Na base, está a convicção de que somos todos filhos do único Pai celeste, fazemos parte da mesma família humana e partilhamos um destino comum”. Daí a responsabilidade de cada um agir para que o mundo se torne uma comunidade de irmãos que se respeitam e cuidam uns dos outros. “Somos também chamados a enxergar as violências e as injustiças presentes em tantas partes do mundo e que não podem nos deixar indiferentes e imóveis: é necessário o empenho de todos para construir uma sociedade verdadeiramente mais justa e solidária (…) Que o Senhor nos ajude a nos encaminharmos mais decididamente pelos caminhos da justiça e da paz; que o Espírito Santo atue nos corações, desfaça a rigidez e as durezas e nos conceda a graça de nos enternecermos diante da fragilidade do Menino Jesus. A paz, de fato, exige a força da doçura, a força não violenta da verdade e do amor”.

Três segredinhos para “arrancar” favores de Nossa Senhora!

Sobre Santo Antônio Maria Claret, gigante espiritual da Igreja, os biógrafos nos contam uma infinidade de fatos ligados à sua devoção ardentíssima a Nossa Senhora. Ele é, afinal, um dos maiores santos marianos que já existiram e, desde pequeno, já nutria um grande amor e piedade para com Maria. Confira o seguinte relato de uma das suas biografias: Sendo ainda jovem leigo, teve ele de fazer uma viagem na companhia de um bom cavalheiro, o qual observou os claros sinais de devoção mariana de que dava mostras o jovem Claret tanto nas conversas quanto na conduta. O senhor Portellas, que era como se chamava o acompanhante, admirado de sua piedade, falou-lhe desta maneira: “Parece-me, Antônio, que és muito devoto da Virgem Maria”. A resposta foi contundente: “Como não seria? Tudo o que eu lhe peço ela me alcança!”. “Explica-me então o modo de pedir-lhe”. Claret respondeu: “Eu lhe peço o que desejo com amor e confiança. E, se vejo que ela não me escuta, me aproximo mais ainda dela, puxo a barra do manto e digo: ‘Se não me alcanças esta graça, eu vou rasgar o manto de tanto puxar. E ela logo me escuta”. Este é o caso narrado pelo diligente biógrafo. Temos aqui uma bela lição sobre como orar e suplicar a Maria: com amor, com confiança e com perseverança. Em resumo, como filhinhos confiados. Esta última condição nos falta com muita frequência, pois, quando nos dirigimos a Maria, queremos obter determinado favor ou graça com a maior prontidão e ficamos impacientes se não acontece do jeito que queríamos. E o que dizer do amor e da confiança, como cruciais para o fruto da oração? A Igreja nos ensina a exercitar a oração perseverante e se mostra insistentemente repetitiva em muitas de suas preces. Ela aprendeu do aviso de Jesus na parábola do amigo inoportuno (Lc 11,5-8). O pai-nosso, que é a oração cristã por excelência, nos ensina a orar e nos mostra até a ordem dos nossos pedidos. Jesus nos recordou: “Pedi e vos será dado. Buscai e achareis. Chamai e vos será aberto”. É a mesma coisa que a Virgem Maria nos sussurra. Ela nunca deixa de ouvir as nossas súplicas e as encaminha ao que verdadeiramente nos convém, caso peçamos algo que não está de acordo com os desígnios divinos para o nosso bem. Aprendamos então, de Santo Antônio Maria Claret, a “puxar a barra do manto” de Maria, belíssima metáfora que tanto nos diz. E, principalmente, procuremos nos introduzir no seu Coração Imaculado para ouvir, se possível, o seu doce pulsar. Nenhum pedido a Maria ficará perdido no caminho, mesmo que Ela se veja obrigada a mudar, com cuidado materno, o curso das nossas preces. Peçamos a sua amorosa e poderosa intercessão em todas as nossas necessidades espirituais, corporais e temporais. Maria estará sempre presente com o seu auxílio oportuno. Mas não deixemos de insistir, como fazia com tanto amor e confiança o jovem Claret, extraordinário e exemplar devoto de Maria. _________ De artigo original publicado por El Web Católico de Javier

sexta-feira, 20 de maio de 2016

ORAÇÃO A Ladainha da Humildade que nunca ficará velha

Senhor, tende piedade de nós Cristo, tende piedade de nós Senhor, tende piedade de nós Jesus, manso e humilde de coração, ouvi-nos Jesus, manso e humilde de coração, atendei-nos Jesus, manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso. Do desejo de ser estimado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser amado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser buscado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser louvado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser honrado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser preferido, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser consultado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser aprovado, livrai-me, Jesus! Do desejo de ser adulado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser humilhado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser desprezado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser rejeitado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser caluniado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser esquecido, livrai-me, Jesus! Do temor de ser ridicularizado, livrai-me, Jesus! Do temor de ser escarnecido, livrai-me, Jesus! Do temor de ser injuriado, livrai-me, Jesus! Que os outros sejam amados mais do que eu: Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros sejam estimados mais do que eu: Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros possam crescer na opinião do mundo, e que eu possa diminuir: Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que aos outros seja concedida mais confiança no seu trabalho e que eu seja deixado de lado: Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros sejam louvados e eu esquecido: Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros possam ser preferidos a mim em tudo: Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Que os outros possam ser mais santos do que eu, contanto que eu pelo menos me torne santo como puder: Ó Jesus, concedei-me a graça de desejá-lo! Ó Maria, Mãe dos humildes, rogai por nós! São José, protetor das almas humildes, rogai por nós! São Miguel, que fostes o primeiro a lutar contra o orgulho e o primeiro a abatê-lo, rogai por nós! Ó justos todos, santificados a partir do espírito de humildade, rogai por nós! Ó Deus que, através dos ensinamentos e do exemplo do Vosso Filho Jesus, apresentastes a humildade como chave que abre os tesouros da graça e como fundamento de todas as outras virtudes – caminho certo para o céu – concedei-nos, por intercessão da Bem-Aventurada Virgem Maria, a mail humilde e a mais Santa de todas as criaturas, aceitar agradecendo todas as humilhações que a Vossa Divina Providência nos oferecer. Por Nosso Senhor Jesus Cristo que convosco vive e reina na unidade do Espírito Santo. Amém. _____________ Cardeal Rafael Merry del Val

Conhecer a misericórdia

Quais são os materiais indicados para uma pessoa que deseja conhecer melhor a misericórdia de Deus a nível de conteúdo? O primeiro livro por excelência que nos dá a conhecer a misericórdia de Deus é a bíblia sagrada, pois tanto o primeiro quanto o segundo testamento estão repletos de narrativas da misericórdia de Deus para com o seu povo. Em segundo lugar o Diário de Santa Faustina Kowalska, onde ela narra as experiências que teve com Jesus Misericordioso e descreve as mesmas de maneira que sentimos a própria misericórdia de Deus falando conosco. Por fim, os documentos da igreja entre os quais se destaca a encíclica escrita por são João Paulo II Diversos informações Misericórdia ou sobre o Deus de Misericórdia tratando-se de um papa que conhecem em primeira mão as revelações de Jesus Misericordioso a santa Faustina Kowalska a quem beatificou e canonizou. Mais recentemente o Papa Francisco escreveu a bula Vultus informações Misericórdia, Rosto de Misericórdia proclamando o Ano da Misericórdia. Com estes materiais em nossas mãos podemos conhecer com segurança e anunciarmos a misericórdia de Deus.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

O Espírito Santo e a Misericórdia

O maior presente que recebemos do Coração aberto de Jesus na Cruz é o Espírito Santo. - diz um grande estudioso da espiritualidade do Coração de Jesus. Assim sendo, nessa semana em que nos preparamos para a celebração do Pentecostes, estamos nos preparando para uma vez mais receber o grande presente do Coração Misericordioso de Jesus para nós. Os raios pálidos que são representados na Imagem da Misericórdia simboliza a água e representa o Espírito Santo. “O Espírito Santo nos torna cristãos reais e não virtuais”, disse o Papa na missa celebrada na manhã desta segunda-feira, (09/05). Francisco dirigiu ainda um pensamento especial às religiosas vicentinas que trabalham na Casa Santa Marta, no dia da festa litúrgica da fundadora da Companhia, Santa Luísa de Marillac. O Pontífice exortou os fiéis a se deixarem guiar pelo Espírito Santo, que nos ensina o caminho da verdade. ‘Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo’, disse o Papa comentando o diálogo entre Paulo e os alguns discípulos, em Éfeso, para se deter na presença do Espírito Santo na vida dos cristãos. “Também hoje acontece como aconteceu aos discípulos que, mesmo crendo em Jesus, não sabiam quem era o Espírito Santo”, frisou Francisco. “Muitas pessoas dizem que aprenderam no catecismo que o Espírito Santo está na Trindade e não sabem mais nada além disso”, e se perguntam o que faz: Não mais órfãos “O Espírito Santo é aquele que move a Igreja. É aquele que trabalha na Igreja, em nossos corações. Ele faz de cada cristão uma pessoa diferente da outra, e de todos juntos faz a unidade. O Espírito Santo é aquele que leva adiante, escancara as portas e convida a testemunhar Jesus. Ouvimos no início da missa: ‘Receberão o Espírito Santo e serão minhas testemunhas no mundo’. O Espírito Santo é aquele que nos impulsiona a louvar a Deus, nos induz a rezar: ‘Ele reza, em nós’. O Espírito Santo é aquele que está em nós e nos ensina a olhar para o Pai e dizer-lhe: Pai. Ele nos liberta da condição de órfão para a qual o espírito do mundo quer nos conduzir”. “O Espírito Santo é o protagonista da Igreja viva. É aquele que trabalha na Igreja”, frisou ainda Francisco. Porém, “quando não vivemos isso, quando não estamos à altura dessa missão do Espírito Santo, a fé corre o risco de se reduzir a uma moral ou uma ética”. Não devemos nos deter em cumprir os Mandamentos e “nada mais”: “Isso pode ser feito, isso não; até aqui sim, até lá não! Dali se chega à casuística e a uma moral fria”. Não tornar o Espírito Santo “prisioneiro de luxo” A vida cristã, reiterou Francisco, “não é uma ética: é um encontro com Jesus Cristo”. E é o próprio Espírito Santo que “me leva a este encontro com Jesus Cristo”: “Mas nós, em nossas vidas, temos em nossos corações o Espírito Santo como um ‘prisioneiro de luxo’: não deixamos que ele nos impulsione, não deixamos que nos movimente. Ele faz tudo, sabe tudo, sabe nos lembrar o que Jesus disse, sabe nos explicar as coisas de Jesus. Somente uma coisa o Espírito Santo não sabe fazer: ‘cristãos de salão’. Isto ele não sabe fazer! Ele não sabe fazer ‘cristãos virtuais’. Ele faz cristãos reais, Ele assume a vida real como ela é, com a profecia de ler os sinais dos tempos e assim nos levar avante. É o maior prisioneiro do nosso coração. Nós dizemos: ‘É a terceira Pessoa da Trindade e acabamos ali…”. Refletir sobre o que o Espírito Santo faz em nossas vidas Esta semana, acrescentou o Papa, “nos fará bem refletir sobre o que o Espírito Santo faz em nossa vida” e perguntar-se se “ele nos ensinou o caminho da liberdade”. O Espírito Santo, que habita em mim, continuou Francisco, “pede-me para sair: tenho medo? Como é a minha coragem, que o Espírito Santo me dá para sair de mim mesmo, para dar testemunho de Jesus?” E ainda: “Como está a minha paciência nas provações? Porque o Espírito Santo também dá a paciência”: “Nesta semana de preparação para a Festa de Pentecostes pensemos: “Realmente eu acredito ou é uma palavra, para mim, o Espírito Santo?’. E procuremos falar com ele e dizer: “Eu sei que estás no meu coração, que estás no coração da Igreja, que levas adiante a Igreja, que fazes a unidade entre nós, mas diferentes entre nós, na diversidade de todos nós”… diga-lhe todas essas coisas e peça a graça de aprender… mas praticamente na minha vida, o que Ele faz. É a graça da docilidade para com Ele: ser dócil ao Espírito Santo. Esta semana vamos fazer isso: pensemos no Espírito Santo, e falemos com ele”. (Rádio Vaticano)

quinta-feira, 5 de maio de 2016

Como vencer o maligno

São João Paulo II na Encíclica sobre a Divina Misericórdia número 8 dizia que a misericórdia é mais forte que o pecado e mais forte do que a morte, mais forte que toda forma de mal existente. Santa Faustina no diário nos fala que quando falamos da Misericórdia de Deus o demônio foge para as profundezas do inferno. Tudo isso nos indicar que a melhor maneira de vencer o maligno é divulgar a misericórdia de Deus. E Jesus Cristo facilitou o nosso trabalho quando revelou a santa Faustina Kowalska as cinco maneiras de se divulgar a misericórdia, ao falar: 1-quadro da Misericórdia 2-festa da Misericórdia 3-terço da Misericórdia 4-hora da Misericórdia 5-propagação da Misericórdia. 6-confiança na misericórdia. Indicou também as três maneiras de se praticar a misericórdia a saber: 1-ação 2-palavra 3-oração. Dessa forma estaremos ajudando a vencer o maligno. Então arregace as mangas e divulgue a misericórdia.