quarta-feira, 27 de abril de 2016

Libertação da morte.

Outra passagem que me vem ao coração é o encontro de Jesus com a viúva de Naim. Essa mulher havia perdido seu único filho. Já era viúva e portanto a sua situação em Israel já era bastante difícil. Agora morre seu único filho que era a garantia de que aquela mulher conseguiria ter uma existência menos difícil. A mulher estava desconsolada. Mas por ali estava passando a misericórdia que ao ver a situação fica comovido com o sofrimento daquela mulher. E não passa indiferente ao seu sofrimento. Manda parar o enterro e modificar completamente uma situação que humanamente não tinha a menor possibilidade de ser modificada. Como diz o Deus. 1448:Ainda que a alma esteja em decomposição como um cadáver e tudo pareça perdido, Deus não vê as coisas da maneira que vemos. O milagre da Misericórdia pode fazer aquela alma ressurgir para uma vida plena. Deus pode deixar um grande mal tirar um bem maior. E ele libertou aquele jovem da morte. Essa é a terceira libertação que a misericórdia pode nos conceder: a libertação da morte. Certa vez Jesus estava na casa de Simão o fariseu. Havia sido convidado para participar do jantar. Enquanto jantavam uma mulher conhecida como pecadora pública -a bíblia não fala qual era o pecado daquela mulher – sem ser convidada entra naquela casa e sem pedir permissão começa a lavar os pés de Jesus com as lágrimas e a enxugar os mesmos com seus cabelos. Simão, apavorado interiormente presenciando aquele espetáculo julga que se Jesus fosse de fato Deus saberia que tipo de mulher o estava tocando. Foi quando Jesus lhe fez uma pergunta de quem amava mais: a quem se perdoava pouco ou a quem se perdoava muito. Simão respondeu que a quem se perdoava muito. Jesus então conclui lhe dizendo que aquela mulher fizeram por ele o que Simão se negará a fazer: lavar os pés e enxugar os mesmos. Ela muito amou, e por isso, os numerosos pecados que cometera estavam perdoados. Essa é a quarta libertação que a misericórdia realiza em nossa vida: a de julgar o outro. Todos sem exceção acompanhamos e conhecemos de alguma forma os sofrimentos de Jesus, a sua dolorosa paixão e tudo o que Jesus passou para nos salvar. Ele poderia ter se fechado numa grande mágoa, na raiva etc. Mas, mesmo depois de ter passado por tudo o que passou ainda encontrou forças para nós salvar. Do alto da cruz dirigindo -se ao Pai lhe diz: Pai, perdoai-lhes. Eles não sabem o que fazem. Jesus assim indica a misericórdia como o caminho certo para a cura da humanidade. Este é a quinta libertação que a misericórdia realiza em nos: a libertação da mágoa e do ressentimento.

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