domingo, 17 de abril de 2016

O combate espiritual e a misericórdia

O devoto da Misericórdia deve saber que não terá uma vida facilitada por ser devoto da Misericórdia. Sim, pode acontecer que uma pessoa tendo conhecimento da devoção à Divina Misericórdia achei que a partir do momento em que passou a confiar mais na misericórdia seus sofrimentos acabaram. Quem assim pensar se esqueceu de uma palavra que Santa Faustina diz que aquilo que o demônio mais odeia é a misericórdia. De modo que gostaria de chamar a atenção para a necessidade de percebermos que a devoção à Divina Misericórdia é uma devoção para as pessoas que são combatentes espirituais. Gl 5 já nos mostra que em nossa carne se trava um combate entre a carne e o espírito, entre aquele que viver na carne mas é chamado a viver no Espírito. É desse combate que queremos falar e que em Éf 4 diz que devemos nos despir das vestes do homem velho para nós vestir mostra das vestes do homem novo criado a semelhança de Cristo Jesus. Mas, para isso a arma do combate à ser usada é a oração. Acerca desse assunto escreveu santa Faustina : É pela oração que a alma se arma para toda espécie de combate. Em qualquer estado em que se encontre, a alma deve rezar. Tem que rezar a alma pura e bela pois de outra forma perderia a sua beleza, devem rezar a alma que está buscando essa pureza, porque de outra forma não a atingiria, deve rezar a alma recém convertida, porque de outra forma cairia novamente, deve rezar a alma pecadora, atolada em pecados, para que possa levantar-se. E não existe uma só alma que não tenha a obrigação 6 rezar, porque toda graça provém da oração. (Deus. 146) Sem que a alma reze ela não obterá sucesso no combate espiritual. A segunda arma a ser usada no combate espiritual é o silêncio. No D. 119 santa Faustina diz que Deus não se comunica à alma tagarela e que ela é vazia interiormente faltando nela intimidade com Deus. No d. 452 diz que se as almas quisessem se recolher, Deus logo lhes falaria, porque a distração abafa a palavra do Senhor. D. 477 diz que o silêncio é como a espada na luta espiritual, e que cortará tudo o que queira apegar-se à alma. Diz que a alma silenciosa é forte, e nenhuma adversidade adversidades prejudicará se perseverar no silêncio, e que Deus opera sem obstáculos numa alma silenciosa. A terceira arma no combate espiritual para o devoto da Misericórdia é manter-se ocupado. Santa Faustina assim escreveu: D. 1127: diz que viu Satanás, que se apressava em procurar entre as irmãs, almas desocupadas. Almas preguiçosas e ociosas. Exorta-nos a estarmos atarefados e cansados. Já o ditado diz: mente vazia é oficina do diabo. Santo Afonso de Ligorio chegou a fazer voto de não perder tempo. A quarta arma no combate espiritual é não travar disputa com nenhuma tentação, isso é, não ficar alimentando pensamentos ou desejos contra os mandamentos, mas imediatamente buscar a confissão e colocar aos pés de Jesus Misericordioso as mesmas para que perdoa amanhã a força sobre nós. D. 1760 Outra arma – QUINTA - poderosa no combate espiritual é a paciência, exortando-nos Jesus a aprendermos a suportar com paciência as mim mesmo. Certa vez, Jesus chegou a dizer a s. Faustina que lhe agradava que ela tivesse paciência consigo mesma. Se o mandamento ordena que eu ame ao próximo como a mim mesmo, ele está me dizendo que aprenderei a ser paciente com o outro na medida em que eu aprender a ser paciente comigo mesmo. A sexta arma no combate espiritual do devoto da misericórdia é fugir das pessoas que murmuram como se foge da peste, deixando que os outros procedam como quiserem, mas, nós devemos buscar proceder como ele manda. Sétima arma no combate espiritual do devoto da misericórdia: evitar a dissipação, não pedir a opinião de todas, não desanimar com a ingratidão e não investigar curiosamente os caminhos pelos quais Deus me conduz. Oitava arma no combate espiritual do devoto da misericórdia: não ter medo da luta, pois a própria coragem muitas vezes afasta as tentações, que não ousam nos perturbar. Não se guiar pelo sentimento.

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