terça-feira, 26 de abril de 2016

SEGUNDA LIBERTAÇÃO QUE A MISERICÓRDIA REALIZA

O encontro de Jesus com Zaqueu é um outro momento em que podemos ver o poder libertador da Misericórdia. Zaqueu era um cobrador de impostos que se tinha enriquecido às custas do sofrimento de outros. O que tornava o cobrador de impostos tão odiado em Israel? Os publicanos ou cobradores de imposto eram os coletores de tributos e taxas destinados ao Império Romano. Por essa razão, eram odiados pelo povo. Zaqueu não era bem visto nem querido exatamente por cobrar impostos e taxas destinados ao império romano sendo visto como traidor pelos demais judeus. E Zaqueu devia sentir um certo desconforto com isso. A Bíblia não documenta nenhuma reação ou sentimento de Zaqueu, apenas que ele deseja ver Jesus e se encontrar com sua misericórdia. Quando fica sabendo da passagem de Jesus por Jericó ele corre a frente da multidão e sobe a uma árvore para ver Jesus. Ele era baixinho e teria dificuldades para ver Jesus no meio da multidão. O que Zaqueu não sabia era que a misericórdia também o queria encontrar. E naquele dia, quando Jesus está passando por debaixo daquela árvore pára, olha pra cima e disse-lhe que era pra descer daquela árvore pois iria ficar em sua casa. Talvez fôssemos esperar uma palavra de reprimenda, de condenação mas ao contrário, encontramos a misericórdia que acolhe e no acolhimento que a misericórdia lhe faz Zaqueu é liberto do pecado a que estava acostumado. O impacto da misericórdia na vida de Zaqueu foi tão forte que ele sem que Jesus lhe dissesse absolutamente nada sentiu necessidade de devolver a quem havia prejudicado de alguma forma quatro vezes mais do que lhe havia tirado. Esta é a segunda libertação que a misericórdia realiza na vida do pecador: a assumir seus próprios erros e a corrigi-los.

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