quarta-feira, 27 de julho de 2016
perdoar as injurias sofridas:
O Papa Francisco disse: “não se pode viver sem perdão”. Realmente o perdão é essencial para o ser humano, perdoar e sentir-se perdoado produz grande liberdade interior para a pessoa.
O que é injuria:
A palavra Injúria significa: insulto, ofensa, invasão dos direitos, injustiça, falsidade. No Direito consiste em atribuir a alguém qualidade negativa, que ofenda sua honra, dignidade ou decoro. É um crime que equivale em ofender verbalmente, por escrito ou fisicamente (injúria real), a dignidade ou o decoro de alguém, ofendendo o moral, abatendo o ânimo da vítima.
A quinta obra de misericórdia nos chama a perdoar as injúrias, ou seja, dar o perdão para todo e qualquer tipo de ofensa, mesmo aquelas que continuam nos machucando.
Motivos para perdoar as injurias sofridas:
A maioria dos problemas tem origem na falta de perdão, ele gera doenças, ansiedade, angustia, medo, etc. Desta forma podemos compreender porque Jesus enfatiza tanto a importância do perdão.
Pedro aproxima-se de Jesus e pergunta: “Senhor, quantas vezes devo perdoar meu irmãos, quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” O número sete na Bíblia significa infinitas vezes (Mt 18,21). Diante deste questionamento Jesus declara que devemos perdoar “setenta vezes sete”, isto é, um número infinito de vezes. Devemos perdoar sempre. (Mt 18, 22).
Quando os discípulos perguntaram a Jesus como deveriam orar, Jesus responde que deveriam perdoar como são perdoados (Mt 6,12), isto é, se não perdoamos a oração fere mais do que cura. É o único aspecto do Pai Nosso que Jesus comenta: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, vosso Pai celeste também vos perdoará”(Mt 6, 14-15). É a insistência no perdão e no passar a diante este perdão. Ele nos foi dado no derramamento do seu sangue no calvário.
Porque nós recusamos o perdão a alguém?
Geralmente de forma mais ou menos inconsciente queremos controlar os que nos feriram, castigando-os e, desta forma nos proteger de sofrimento maior, e atingir a consciência do outro. Mas a reação não será a esperada. Quando tentamos manipular os outros, através da falta de perdão, eles se revoltam, além do que, o sofrimento de nossos inimigos é mínimo, comparado com o sofrimento que impomos a nós mesmos. Em (Mt 7,2) lemos que seremos julgados com o mesmo julgamento que julgamos os outros. Lemos ainda que falta de perdão é um veneno fatal que nos separa do perdão de Deus (Mt 6, 12-15), da cura (Eclo 28,3) da oração (Mc 11, 24-25) e da adoração (Mt 5, 23-24). Sem estas graças somos entregues aos torturadores (Mt 18, 34). Estes torturadores não são pessoas, mas sentimentos como medo, depressão, frustração, ansiedade e ódio de si mesmo. À medida que estes algozes nos enfraquecem, nossa qualidade de vida se deteriora, caracterizando-se pela inutilidade, escapismo e ações compulsivas.
Só Deus pode perdoar.
Perdoamos os outros e a nós mesmos, ou nos destruímos, no entanto, é humanamente impossível perdoar. “Errar é humano e perdoar é divino”. Só Deus pode perdoar. Perdoar alguém é um milagre maior que a cura de um câncer terminal, mas Deus fará este milagre para nós.
O Senhor nos pede para perdoar amorosamente com misericórdia como o Pai do filho pródigo (Lc 15, 20). As perguntas abaixo ajudam a diagnosticar se realmente perdoamos ou estamos enganando a nós mesmos.
Tenho consciência de que Deus me deu a graça de perdoar e eu não aproveitei?
Posso me imaginar abraçando quem me ofendeu? (Lc 15,20).
Valorizo o sacramento da confissão e me utilizo dele frequentemente?
Perdoo facilmente as pessoas que são injustas comigo no dia-a-dia?
Se perdoarmos gratuitamente e amorosamente, seremos perdoados da mesma forma. Sabendo disso a confissão torna-se mais atraente. Um não a qualquer uma destas perguntas não significa que fomos perdoados, mas é um mau sinal. Para concluir, perdoar é um bom negócio, além de nos tornar livres, nos levará a cumprir a quinta obra de misericórdia: Perdoar as injúrias.
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